sábado, 15 de dezembro de 2012

O Natal Somos Nós!

Natal somos nós quando decidimos nascer de novo, a cada dia, nos transformando.
Somos o pinheiro de natal quando resistimos vigorosamente aos tropeços da caminhada.
Somos os enfeites de natal quando nossas virtudes, nossos atos, são cores que adornam.
Somos os sinos do natal quando chamamos, congregamos e procuramos unir.
Somos luzes do natal quando simplificamos e damos soluções.
Somos presépios do natal quando nos tomamos pobres para enriquecer a todos.
Somos os anjos do natal quando cantamos ao mundo o amor e a alegria.
Somos os pastores de natal quando enchemos nossos corações vazios com Aquele que tudo tem.
Somos estrelas do natal quando conduzimos alguém ao Senhor.
Somos os Reis Magos quando damos o que temos de melhor, não importando a quem.
Somos as velas do natal quando distribuímos harmonia por onde passamos.
Somos Papai Noel quando criamos lindos sonhos nas mentes infantis.
Somos os presentes de natal quando somos verdadeiros amigos para todos.
Somos cartões de natal quando a bondade está escrita em nossas mãos.
Somos as missas do natal quando nos tomamos louvor, oferenda e comunhão.
Somos as ceias do natal quando saciamos de pão, de esperança, qualquer pobre do nosso lado.
Somos as festas de natal quando nos despimos do luto e vestimos a gala.
Somos sim, a Noite Feliz do Natal, quando humildemente e conscientemente, mesmo sem símbolos e aparatos, sorrimos com confiança e ternura na contemplação interior de um natal perene que estabelece seu Reino em nós.

Obrigado Jesus! Por vossa luz, perdão e compreensão.Um Feliz Natal, a todos !

Que Nosso Mestre Divino Jesus abençõe a todos, trazendo a cada lar paz, saúde, luz, 
alegrias e esperança.


Grupo de Dirigentes e Médiuns da FFG

Para Reflexão

"A velhice começa quando as lembranças são mais fortes que a esperança.
Aquele que reconhece a verdade do corpo, então, reconhece a verdade do Universo.
As coisas mais importantes da vida, não são coisas.É melhor escutar pouco e entender, que escutar muito e não exercê-lo.
O coração em paz, vê uma festa em todas aldeias.''
Provérbio Hindu

Onde Você Coloca o Sal ?

O velho Mestre pediu a um jovem triste,
que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d. água e bebesse.
- Qual é o gosto? - perguntou o Mestre.
- Ruim - disse o aprendiz.
O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse,
outra mão cheia de sal,e levasse a um lago.
Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago.
Então o velho disse:
- Beba um pouco dessa água.
Enquanto a água corria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:
- Qual é o gosto?
- Bom! - Disse o rapaz.
- Você sente o gosto do sal? Perguntou o Mestre.
- Não - disse o jovem.
O Mestre então, sentou ao lado do jovem,
pegou em suas mãos e disse:
- A dor na vida de uma pessoa não muda.
Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos.
Quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer,
é aumentar o sentido de tudo o que está a sua volta.
É dar mais valor ao que você tem do que ao que você perdeu.
Em outras palavras: É deixar de ser "copo",
para tornar-se um "lago".
Somos o que fazemos, mas somos principalmente,
o que fazemos para mudar o que somos


Recebido via internet

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Desigualdades e Desequilíbrios

Existe na Terra uma acentuada desigualdade entre o crescimento material e a evolução espiritual. Esses dois tipos de desenvolvimento, que alavancam a humanidade, possuem movimentos defasados, que alteram significativa­mente o equilíbrio no planeta.

A espiritualidade, que devia ser a tónica da força do homem, capaz de ajudá-lo a vencer suas imperfeições, é deixa­da em segundo plano, sendo amplamente suplantada pelo ego.

Por outro lado, os bens materiais passam a receber maior atenção, em comportamento justamente embalado pelo ego, que ativa a vaidade numa competição desumana, com retórica de pseudoprogresso.

Sendo assim, o crescimento material cresce de forma acelerada, não sendo acompanhado devidamente pela evo­lução espiritual, em movimentos que na prática deviam ser, no mínimo, equalizados.

O resultado disso é que o homem se vale de instrumentos materiais avançados sem ter a capacidade espiritual de utili­zá-los de modo sensato. Daí as frequentes agressões ao meio ambiente, disponibilidade constante de ferramentas de des­truição, ambição inconsequente, diferenças sociais arraiga­das, racismo e interpretação espúria dos valores religiosos.

O homem faz, e reafirma, tudo o que não devia fazer. E as consequências disso não são tão imprevisíveis assim. Portanto, preparem-se. Preparem-se para os tempos que virão. Em que as variações climáticas não serão tão equili­bradas quanto antes, e as agressões em larga escala não serão tão localizadas geograficamente quanto eram.

Peçam a Deus que os ajude, que os abençoe. Mas sejam dignos do que estão pedindo a Ele, promovendo uma intensã e irreversível reforma interior em seus espíritos. Sejam fortes quanto a isso e, com a ajuda de Deus, serão fortes lambem para atravessarem as dificuldades futuras.

Livro Vozes do Universo, Espírito Horus/Médium Hur-Than de Shidha

A Demora Ensina

Muito se tem falado sobre a paciência e pouco os homens desejam ouvir a respeito. Ouvem, mas não incorpo­ram os ensinamentos, como eles não lhes fossem dirigidos. Continuam a agir do modo como lhes convém, perdendo inúmeras oportunidades por não terem a humildade e a sabedoria de saber esperar.

Em seu mais estrito senso, a pressa não é apenas inimi­ga da perfeição, ela é, principalmente, avessa à razão. Quem lhes garante que os objetivos que não atingiram hoje seriam o melhor para suas vidas? As bases seriam sólidas? Ou esta­riam construídas sobre os pilares da dúvida e da ansiedade? Pensem a respeito de como poderiam ser frágeis.

Saibam que se tiverem confiança em Deus e força de vontade, poderão transformar os insucessos presentes em ensinamentos, construindo o êxito que almejam. Pois o período de espera é uma escola destinada a formar bem-sucedidos. Não vejam a demora em atingir seus objetivos apenas como provação. Vejam-na muito mais com os olhos da confiança, de que Deus está lhes concedendo bases resis­tentes para um futuro de vitórias duradouras. Meditem e confiem, pois nunca se sentirão abandonados pelo Pai quan­do plantarem as sementes da razão.

Livro Vozes do Universo, Espírito Jonas da Jordânia/Médium Hur-Than de Shidha

Em Busca de Fenômenos

Sentadinho no seu toco, afastado do médium que lhe deveria servir de instrumento encarnado, o Preto-Velho deixava suas lágrimas rolar rosto abaixo. Observando agora calado, estava cansado e já esgotara seus argumentos junto aquele moço que usava o nome de seu protetor, para dar passagem à sua vaidade.

Depois de uma mediunidade reprimida por longos anos, o rapaz que já havia passado por inúmeras Casas Espíritas, achou interessante o trabalho que se fazia nos terreiros de Umbanda e resolveu assumir sua mediunidade que a tanto lhe pediam que fizesse.

Entrou para o curso que a Casa oferecia, onde se pretendia educar os médiuns, discipliná-los para que se tornassem bons instrumentos. Mas na verdade o que lhe atraía mesmo eram os rituais, as incorporações, o toque dos atabaques...

Depois de trabalhar como cambone por algum tempo, seu Preto-velho, feliz pela aceitação do aparelho, se chegou e por alguns anos trabalharam em perfeita harmonia auxiliando os necessitados, exercendo a caridade tão útil e necessária para ambos.

Certo dia um amigo lhe convidou para ir com ele consultar uma tal de “Cigana Flor”, que segundo ele, lia as mãos e também as cartas e que desvendava o futuro de qualquer pessoa.

Quando recebeu o convite, quase recusou, lembrando das palavras de seu protetor preto velho que sempre aconselhava os consulentes, evitarem buscar milagres fora de si mesmos, mas a curiosidade foi mais forte e se deixou vencer por ela.

Pagando para isso, ouviu da “Cigana” o queria ouvir para inflar seu ego. O local já instigava ao mistério, pois além do ambiente muito colorido, exalando o cheiro forte de incenso, ela mantinha amuletos variados dependurados pela “tenda”, o que criava um certo temor.

Muito bonita, vestia-se exoticamente como cigana e mantinha um sorriso teatral no rosto. Além de muitas adivinhações de seu futuro, ela afirmou que o rapaz tinha um cigano como companheiro espiritual com o qual deveria passar a trabalhar, e que isso lhe traria um sucesso material certo.

Como tudo o que se afiniza conosco, encontra ressonância em seu ser, aquilo começou a incomodar a sua mente, tirando-lhe o sono e começou a sonhar com dias propícios, com viagens, com bens materiais que com certeza, o emprego de simples funcionário público não lhe daria no futuro.

Durante o sono, o bondoso Preto-Velho tentou lhe arrancar deste estado hipnótico, porém seu esforço foi em vão, pois o rapaz retornou ainda à cabana da “Cigana Flor” e em cada vez sua energia se afinizava mais com as entidades que lá estavam e cujo malefício, ele ignorava.

Daí em diante, pela faixa vibratória em que adentrara, tornou- se impossível a aproximação do espírito cuja missão era de reencaminhar aquele ser encarnado, tantas vezes falido.

Continuando a freqüentar o terreiro de Umbanda, o rapaz não se deu conta da diferença energética das vibrações que agora recebi a. Hipnotizado e conduzido pela entidades que buscou exercendo seu livre arbítrio, agora era escravo deles e mesmo pensando que era seu Preto-Velho a quem dava passagem, na verdade estava sendo médium das trevas.

O dirigente da Casa, orientado pelo seu guia, iniciou um chama- mento de atenção à corrente mediúnica, esclarecendo sobre o perigo de cada um deles em servir de “braço para as trevas” dentro do terreiro. Alertava sobre a fé racional, e a importância de se evitar os fenômenos em detrimento da simplicidade que deveria se revestir a caridade.

Além disso, o Guia Chefe, incorporado, por várias oportunidades chegou a pedir que os médiuns que estavam buscando outras bandas, que tivessem o bom senso de escolher o lado que queriam seguir, para se evitar que a dor viesse como chamamento à realidade. Indiferente, mesmo com a consciência pesada, ele prosseguiu qual animal em busca do corredor do matadouro.

Nesta noite porém, por ordem dos Superiores que mantinham a proteção daquele terreiro, seria dado uma chance àquele espírito orgulhoso que se fingia de Preto-Velho e que agora se dizia mentor do rapaz. Ele seria instigado a desvendar a máscara e assim se fez.

Quando os atendimentos encerravam e através das preces cantadas e pontos riscados foram feitos campos de força no plano astral, impedindo que aquele espírito pudesse sair livremente dali. Grudando-se ao médium, ele manifestou toda sua ira e o baixo nível em que se encontrava. Desafiou a luz e a direção da Casa, dizendo que ali entrava qualquer um e fazia o que queria e que ele iria se instalar com toda sua falange, para mostrar como se fazia magia de verdade.

Sob o comando de Ogum, os guardiões Exús atuaram após a tentativa inútil de diálogo com a entidade, afastando-o do ambiente. O médium por sua vez, após a desincorporação de seu “amigo”, tentando se justificar, fingiu passar mal.

Atuando em outro aparelho disponível, seu verdadeiro protetor agora manifestava-se para dizer a ele que, para sua tristeza, a escolha fora feita e que pelas cores exaladas, seu corpo energético demonstrava que ele não estava arrependido do consórcio que fizera. A partir de então, liberava-o para seguir seu caminho e solicitava ao dirigente do terreiro que desligasse o médium da corrente, pois uma fruta podre pode estragar o cesto todo.
Indignado, o rapaz agora saía do ambiente dizendo palavrões e impropérios à toda corrente, demonstrando suas verdadeiras intenções, prometendo mostrar o poder que tinha. Seus afins espirituais o esperavam na rua e o intuíram a buscar naquele momento mesmo a “Cigana Flor”.

Desequilibrado e sob a influência do mal, passou num bar para beber e quando saía dali, já tonto, encontrou na porta aquela que se passava por “Cigana”, acompanhada de seu atual namorado. Sem pensar muito, barrou a moça, agarrando-se no seu braço e dizendo que ela fosse para casa para atendê-lo. Por sua vez, o namorado da moça, o qual também estava com companhias espirituais nada recomendáveis, envolvido pela energia brutal dos mesmos, enciumado, virou-se e deferiu vários golpes contra o rapaz que desacordado foi levado ao hospital e não resistindo, desencarnou.

Em tal estado vibratório, se viu fora do corpo sendo arrastado pelos “amigos” que fizera nos últimos tempos no lado espiritual e que sabendo de sua mediunidade, agora o levavam como escravo, para as zonas umbralinas mais densas.

Mais uma vez a falência daquele espírito. A vaidade, o orgulho, o materialismo, a soberba. Sementes que trazemos adormecidas em nosso espírito e que se adubadas podem invadir a lavoura do bem, sufocando e matando qual erva daninha. A nós cabe a escolha de priorizar o bem ou o mal, sabendo que tudo na vida tem um preço a ser pago.

Seu protetor Preto-Velho, atua ainda na Umbanda através de outro instrumento que lhe faz jus, mas não se cansa de descer às zonas mais densas em busca do arrependimento de seu pupilo, pois sabe que um dia ele virá.

E nova tentativa se fará, pois a essência de todo homem é o bem. O mal, é máscara transitória que usamos para nos esconder de nós mesmos, pois diante do Supremo somos todos transparentes. Sempre!

História contada por Vovó Benta/Sociedade Fraternal Cantinho da Luz

(Boletim Eletrônico TECL/RJ)

sábado, 1 de dezembro de 2012

Diálogo entre um Filósofo e um Preto Velho

Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experienciar.

Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o gentilmente e perguntou em que poderia ajudar. O filósofo respondeu:

_ Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez mais nas pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez mais presente. Pergunto eu: _ o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha complexidade?

Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:

Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu é homem letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrivinhou essas coisa (Sic). Mas daqui do meu cantinho, aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos no âmago de meus filhos.

Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado "biotecnologia", eu sei muito bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego "bios"= vida. "Téchne" e "Logos" também vem do grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre a manipulação das práticas referentes à vida.

Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem. O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Não é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigoso o ser humano.

Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, aquela humilde entidade possuía.

Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:

_ Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência? Este, respondeu:

_ Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar novamente, até aprender. Assim como vós, na Terra.

Quanto aos estudos, esse nego véio aqui não frequentou escola na última encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha evolução.

Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender.

E depois de aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive, misin fio?!

A ter HUMILDADE

Por isto, doutor, vós me vês na aparência de um velho escravo brasileiro, semeador das raízes deste lindo país chamado Brasil, terra da diversidade, da multiculturalidade.

Que cada um formule a sua moral da história. Porém, questione seus conhecimentos e veja se estão alinhados com os propósitos de simplicidade. Pois sem ela, não se faz jus a benção do saber. 

Boletim Doutrinário Eletrônico TECL- CABANA DO CABOCLO ROMPE MATO/SP

Assim nos fala o Amigo e Benfeitor Espiritual...

Você não depende dos outros, mas de si mesmo. Tenha fé. Fé é confiança no poder de Deus que ampara e dirige desde o verme até a sua vida, de forma amorosa e sábia. Seja só verdadeiro com você mesmo e com os outros. O que pensem ou achem de você é irrelevante para a sua felicidade e suas conquistas. Curar-se da obsessão é confiar em Deus e acreditar em você mesmo. Os erros existem não para serem objeto da sana dos abutres encarnados ou desencarnados, ainda infelizes, que tentam lhe jogar pedras. Mas sim para lhes proporcionar a oportunidade de crescimento e amadurecimento, consertando-os. Crer em Deus e em si mesmo é a chave da cura da sua própria obsessão. Ame a Deus e se ame. Aqueles que estiverem sintonizados com essa busca lhe compreenderão e lhe amarão.

Quanto aos outros: não pare para sofrer ou sentir-se infeliz, "ore e passe adiante", tudo passa e a luz resplandecerá sempre através de sua vida realizada e, paciência, a espiritualidade nos aguarda a todos, com sua claridade que coloca tudo a mostra, e tira as máscaras. Tenha paciência, pois diz Jesus que "nada há escondido que um dia não venha às claras" e "a cada um será dado de acordo com suas obras”. Essa é a regra áurea da busca de Deus e de si mesmo. Um espírito amigo 


(Boletim Eletrônico do TECL/RJ)

Anjos Guardiães

Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre. Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis.

Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação. Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão. Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta.

São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo. Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueles outros de perturbação e vulgaridade.

Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução. Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha. Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam.

Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica.

Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião. Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora. Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante. Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres. Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio. Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras.

Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração. O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem.

O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo. Imana-te a ele. Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade.

Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso. 
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis, Divaldo Pereira Franco

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Está Faltando Cimento

É possível ter dons espirituais e não ter amor? É possível pregar o Evangelho, com muita graça em cima de um púlpito, e não sentir amor por ninguém? É possível ter os nove dons do Espírito Santo e mesmo assim não ter nenhuma solidariedade com o próximo? A leitura do Evangelho e da Carta de Paulo aos Coríntios aponta para esta realidade. Sendo mais incisivo: Nós vivemos em uma época de muitas Igrejas, muitas Bíblias de Estudos, muito conhecimento bíblico, muita erudição, ortodoxia, doutorado - mas apesar de tudo isso - vivemos tempos de baixíssima solidariedade e compaixão.

Como pode ser isto? Alguém já comentou (e não me lembro quem) que se puser um sapo na panela com água fria, se esta panela estiver no fogo, a água vai esquentar, o bichinho vai morrer cozido, pois não sentirá a subida da temperatura. Como também morreria de frio se se congelasse a água. Coisa intrigante. E preocupante.

Assim também pode acontecer com o mais pio dos crentes ou o mais sábio dos pastores. Acostumar com a temperatura do ambiente. Metamorfosear com os ventos da cultura narcisista vigente. É uma leitura destoante, hoje, ler a respeito do serviço cristão. De servir. De se colocar na posição de servir.

Nossa época é a do narciso. Da sanguessuga bíblica. Agradecer não é dizer "muito obrigado"; é demonstrar agradecimento com atitude e um espírito de gratidão. Amar não pode ser só um verbo intransitivo, nem reflexivo. É preciso que seja transitivo.

Tive uma visão no passado. E nela eu pude ver o prédio de uma Igreja que estava fora do prumo, com uma inclinação, para trás, de quase um metro. Suas colunas também estavam com os ferros à mostra. E a laje que ficava acima dos bancos do Círculo de Oração tinha arriado. E arriou, porque a coluna de sustentação se desfez.

E eu perguntei: Por que a coluna que sustentava esta laje esfarelou-se? E alguém que não identifiquei na visão disse: Puseram pouco cimento. Por um bom tempo, procurei interpretar qual seria o significado do cimento naquela construção. Demorei, mas consegui a resposta.

A falta de cimento está generalizada em quase todas as Igrejas Evangélicas de hoje. Falo das Igrejas Evangélicas, porque também sou protestante. Estamos vivendo uma terrível época de falta de amor. Tudo está funcionando. Igrejas e mais Igrejas são instituídas. Templos cada vez maiores estão sendo construídos, mas em lugar do amor, vemos uma administração corporativista. O Espírito Santo ficou de fora, porque não é mais prioridade.

Tal qual na Parábola do Bom Samaritano, os sacerdotes e os levitas de hoje passam ao largo dos caídos à beira da morte porque perderam a capacidade de amar. Passam correndo para construir mais templos. Passam correndo atraídos por coisas que pertencem à cultura eclesiástica do momento.

Não há mais visitas. Nem discipulado. Nem solidariedade. Nem paixão pelas almas. Até missões, hoje, em muitas das vezes é investimento apenas para publicidade.

Por que está faltando cimento? Talvez seja porque ele tenha esfriado, endurecido ou porque não haja mais compradores. O curioso é que a fábrica do cimento continua funcionando. Veja Romanos 5:5. João Cruzué (Boletim Eletrônico do Cruzeiro da Luz/RJ)

Por Que Fracassam Alguns Médiuns ?

- A influência do meio.
- A influência moral do médium chefe.


O ambiente de um templo é direcionado pela moral do médium chefe. Esse chefe irá cercar-se de bons ou maus espíritos, que irão ajudá-lo no bem ou no mal.

Mesmo sendo desenvolvido por um Guia espiritual iluminado, esse Guia não conseguirá vencer a má índole do médium, se ele mantiver seus defeitos ou ainda dedicar-se ao mal.
 
Se a má índole persistir, o Guia espiritual iluminado irá afastar-se, permitindo a aproximação de espíritos da mesma faixa vibratória negativa, os quais, por sua vez, atrairão aqueles que com eles se comprazem ou ainda, incautos que os procuram na busca de solução para seus problemas.

Uma reunião de levianos, que ocorre apenas para satisfação de desejos gerados por má índole, atrairá espíritos semelhantes, independente de qualquer evocação. Os trabalhos são sempre abertos, evocando Orixás e Guias de Luz, porém, se os interesses no local forem levianos, isso também indica através da correspondência vibratória que eles não estarão presentes, por terem aversão ao ambiente e por saberem que não serão compreendidos ou ouvidos.

Esse médium chefe pregará entre os seus, transmitindo maus ensinamentos, que fatalmente serão transmitidos por seus seguidores a outros que irão aproximar-se no futuro. Daí a monstruosa deturpação que hoje se conhece, gerada por incautos de má índole.

A influência moral do médium chefe, uma vez transmitida a seus seguidores, formará bons ou maus médiuns e ainda, bons ou maus templos futuros.

O médium, por sua vez, mesmo iniciado em mau ambiente, que não contenha em seu coração a má semente, irá afastar-se, buscando ambiente sadio. Se conseguir eliminar seus defeitos, irá fortalecer-se.

O médium, uma vez em novo ambiente, se não conseguir eliminar seus defeitos, será afastado pelo Guia chefe do templo, que notará a sua insanidade, ou ainda sua incapacidade em perdoar ou aprender com seus erros, afastando-o dos demais médiuns, permitindo que sofra as conseqüências de sua insanidade espiritual.

O desenvolvimento da mediunidade não depende da moral do médium. A sua prática, porém, depende da moralidade do médium. Por esse motivo é comum que médiuns desenvolvam sua mediunidade e depois de um certo período, o Guia desse médium o afaste do ambiente em que está, se notar que esse ambiente tornou-se nocivo, levando-o a um ambiente mais sadio.
 
Se esse médium uma vez em ambiente sadio, der vazão a sua má índole, forçará o afastamento de seu Guia, uma vez que esse médium não se corrige.

O médium que emprega mal suas faculdades sofre duplamente as conseqüências do mau uso da mediunidade, uma vez que perdeu a oportunidade de evoluir. Se a mediunidade é para a prática da caridade e o médium a usa mal, responderá por não ter feito a caridade e também por todo dano e sofrimentos que causar a outros, por isso padece duplamente a conseqüência de seus atos.

Os Guias nos dão lições de moralidade, perdão e fé, mas o fazem com reservas e não falam claramente, esse procedimento é para permitir maior mérito aquele que ouve, aprende e pratica 
os ensinamentos que recebe.

O bom médium, devotado e trabalhador, ouvirá essas lições, ainda que essas lições sejam diretas, ou dêem a entender, que a ele são direcionadas. Aprenderá com elas e procurará melhorar-se.
O mau médium chamará o Guia de mistificador, mentiroso e atrevido, e irá afastar-se do ambiente. 
Essa conduta prova que o Guia possuía a razão ao seu lado. Romperá o elo que une o mau médium à corrente, para permitir que ele sofra as conseqüências de seus atos e com eles aprenda.

Não existe médium perfeito. O único foi Jesus Cristo. O que pode existir hoje são bons médiuns. A boa índole, a moral, a boa vontade do médium, sua capacidade de perdoar seus inimigos, sua dedicação nas horas difíceis de trabalho, ou nos transportes violentos, a capacidade de suportar a dor no lugar de seu próximo, ou permitir que seu próximo amenize seus sofrimentos, é que determinarão o sucesso ou o fracasso do médium.

Todo médium deve compreender que as horas de trabalho são horas difíceis. São horas de dedicação ao próximo. Deve compreender que, se faz parte de corrente espiritual, isso acontece porque ele é mais imperfeito do que aqueles que procuram por seus Guias.

Deus, dando provas de Sua infinita bondade, deixa ao alcance do médium os meios para traçar a própria felicidade futura. Se ele não aproveita a oportunidade, também não poderá culpar outras pessoas, no futuro, por sua infelicidade futura.

Os médiuns de Umbanda são em sua grande maioria, seres desprezíveis e rapineiros do passado, e Deus, provando Sua bondade, deixa ao alcance desses médiuns os meios para se mostrarem dignos no futuro.

Se voce é médium de Umbanda compreenda o que é a mediunidade e as horas de sacrifício nos trabalhos do templo, se elas lhe são duras, imagine-se em cadeira de rodas ou cego, ou doente com problemas e dores por toda a vida. A sua própria razão lhe mostrará a bondade de Deus para com você.

Participar de corrente de Umbanda, para os médiuns de Umbanda, já é um privilégio nem sempre merecido. Aprenda com os Guias, os seus e dos outros médiuns. Pratique os ensinamentos que receber e você traçará o seu futuro, onde colherá, através de seus atos, o seu sucesso ou o seu fracasso mediúnico.

Comentário do Sacerdote Dirigente do Núcleo Umbandista São Sebastião (Recebido via internet no Boletim Eletrônico do TECL/RJ)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Influenciações Sutis



Onde Estará a Envergadura na Hora de Colher ?

O poder nunca dará fortaleza. Na realidade te dá uma falsa aparência de ti mesmo.
A verdadeira fortaleza é construída nos ditames da lei da humildade que sempre se curva ante o Criador da Vida, que tudo pode! Mas, que nos permite construir nossos caminhos. Mérito ou desmérito, crédito ou débito dependerá sempre das opções escolhidas.
Acusar alguém pela sua infelicidade é declarar a sua incapacidade de enxergar a si mesmo! Ser feliz é um estado d’alma. É uma conquista interior baseada em valores morais onde a ética é a grande mestra daqueles que reconhecem nada saber por ainda não ter vivido de forma suficiente, colocando um ponto final em tudo. Inclusive nas aparências !
As reticências são mais peculiares e esse exu diria com a vênia que me é dada: bem mais aprováveis para os que se julgam poderosos, mas, não aprenderam a conduzir suas vidas na básica lição: “façais aos outros o gostarias que eles vos fizessem !”
E sem nenhuma retórica e nem tampouco utopias, cuidado com que vocês plantam !
Pois cada qual colhe conforme o que semeou ...
Falsas lágrimas, falas estudadas e sorrisos engendrados não são sinais de uma alma que está no mundo se dizendo conquistador !
Aliás, como é bela a didática de um aspirante a ator !
Quero ver coragem para dizer-se autor de tuas desditas !
Cada qual com o seu habitat peculiar !
A idade das cavernas ainda tem seus resquícios ...
Homo sapiens sapiens, até gosto da nomenclatura !
He, He, He, He. Até quando esperteza será sinônimo de sabedoria para vocês ?
Do lado de cá na vida inextinguível e real, as coisas e formas normalmente mudam de figura !
Onde ficará o poder ?
Talvez nas mãos mirradas, que antes tão adornadas, não encontrarão forças para nada oferecer !
Quero só ver onde estará a envergadura na hora de colher !


Marabô da Encruzilhada
Um toquinho no astral!
Médium Mãe Luzia Nascimento

Retirado do Boletim Eletrônico do TECL/RJ


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Quando as Imperfeições Afloram

O cotidiano na Terra exige dos homens um mínimo de equilíbrio para manter o convívio social. Não somente para serem bem aceitos uns pelos outros através dos códigos de ética, como também pelo receio natural de desconhecerem as reações alheias.Isso faz com que os homens escondam sobremaneira suas imperfeições, bem como limitem e abrandem seus perfis de comportamento. Quando, entretanto, participam de atividades religiosas, embora devam continuar existindo os mesmos códigos de conduta que regulam a vida social, é dada maior importância ao conhecimento e desempenho da prática religiosa. Estes passam a ser, então, os principais balizadores do comportamento individual de muitos homens, no momento que estão trabalhando na instituição. A medida que vão sentindo-se confiantes com o seu desempenho, sendo vistos como figuras importantes dentro da instituição que freqüentam, alguns passam a se descuidar dos demais códigos de ética, necessários a uma vida social equilibrada. Em outras palavras, se conhecem bem os preceitos religiosos e os caminhos da evangelização, bem como as práticas místicas adequadas, acabam se descuidando um pouco de outras exigências sociais, aparentemente não tão importantes para o exercício religioso. É assim que agem muitos, até mesmo inconscientemente. Isso provoca então o afloramento de muitas imperfeições que estavam escondidas. E surgem a luta pelo poder, intrigas, críticas desnecessárias, vaidades, inveja e várias outras negatividades que se intensificam naquele ambiente religioso. Do mesmo modo que a reação dos demais é intensificada, para fazer frente às imperfeições dos que iniciaram o processo. E, assim, ocorre dentro da instituição, o que evitam fazer fora dela. O exercício da atividade religiosa, desse modo, deve ser baseado nos mesmos princípios éticos que regem a sociabilidade da vida profana. Acrescidos da sabedoria de que o conhecimento adquirido deve ser utilizado para o próprio desenvolvimento espiritual, bem como para o exercício da humildade, e não para bravatas e manifestações de superioridade.
Pois essas são as exigências mínimas para que uma instituição religiosa faça jus a seu nome. E não se torne um teatro, onde as vaidades lhe tirem a característica de lugar sagrado.


Mensagem psicografada por Hur-Than de Shidha, publicada no livro "O AMPARO DO ALTO", Editora do Conhecimento.

Diplomatas de Deus

Instituições que promovem e praticam a religiosidade são embaixadas de Deus na Terra. Sua função é a de mos­trar aos homens os caminhos que levam ao Altíssimo, os quais devem ser iluminados o suficiente para que possam alcançá-Lo. O que se vê, entretanto, é que os homens plantam, nes­sas instituições, os mesmos problemas que são observados nas atividades profanas do cotidiano terrestre. As disputas pelo poder, as manifestações de vaidade, a inveja e os inte­resses materiais vingam com a mesma intensidade com que ocorrem em outros lugares. Esse território, então, que deveria ser sagrado, torna-se maculado pelas imperfeições dos homens, que deixam de lado a polidez religiosa. Para eles, Deus pode esperar, até que resolvam suas respectivas pendências contaminadas pela vaidade. Esquecem, assim, que estão renegando a plano secundá­rio o objetivo máximo da religião, e da própria vida, que é a busca por Deus. E esse objetivo não pode esperar, pois ele é prioritário. Por outro lado, esquecem também que sendo uma embaixada de Deus, a instituição é ainda um local destinado a serem permeados bons exemplos, exigindo retidão moral e responsabilidade daqueles que dela participam. A não observância dessas premissas resulta na desmo­ralização, acompanhada pelo ceticismo e decepção dos que freqüentam o local. E a pretensa embaixada de Deus passa a transmitir uma imagem que em nada se coaduna com seus propósitos, tornando a imagem dos homens, desequilibra­dos, sobreposta a Deus. Mas, será essa a verdadeira representação que pode ser interlocutora das manifestações divinas? Que tipo de embai­xada defende mais seus próprios interesses do que os direi­tos do país que representa? Caberia manter funcionando uma embaixada cuja atuação compromete a imagem que deveria difundir como atraente e agradável? Casos assim tornam a embaixada apenas rotulada com esse nome, porém abrigando a incoerência dos desacordos. E, sendo uma instituição religiosa, atrai para seu campo vibratório as mais desaconselháveis energias, que serão a ruína local. O importante é a freqüente conscientização de cada par­ticipante da instituição de que ele é potencialmente um diplomata de Deus, com a necessidade de toda a elegância e versatilidade moral que o cargo exige. Caso contrário, a exemplo de Jesus expulsando os mer­cadores do templo, esses pseudo-diplomatas também serão expulsos da embaixada de Deus. Com o agravante de que poderão ser expulsos não por mãos caridosas como as do Cristo, mas por mãos insensíveis em conflito, que acabam por colocar em risco a existência do próprio templo. 


Livro O Amparo do Alto, Ed. Do Conhecimento, Espíritos Diversos, Médium Hur-Than de Shidha

domingo, 14 de outubro de 2012

Não desista...


Para Reflexão


COMPORTAMENTO ESPÍRITA: ORGULHO E VAIDADE


"Em tempos de tempestade, orar, vigiar e estudar são os melhores remédios..."
 
Procuremos, agora, ilustrar, entre os defeitos que mais comumente manifestam-se em nós, o orgulho e a vaidade. Busquemos tranqüilamente conhecê-los, tão profundamente quanto possível, sem mascarar os seus impulsos dentro de nós mesmos. Entendamos que a tolerância começa de nós para nós mesmos. Assim, o nosso trabalho de prospecção interior é suave, e não podemos nos maldizer ou nos martirizar pelos defeitos que ainda temos. Vamos, então, trazer aos níveis de nossa consciência aquelas manifestações impulsivas que nos dominam de certo modo, e que, progressivamente, desejamos controlar.

Vejamos, então, como identificar em nós o orgulho e a vaidade.

Orgulho

"Aquele que encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando os pode satisfazer, enquanto que aquele que se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio."  (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo 1. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.).

"O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera."  (Allan Kardec. O Evangelho Segundo Q Espiritismo. Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. A Cólera.).

As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:

1. Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
 2. Reage explosivarnente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
 3. Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
 4. Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
 5. Menospreza as idéias do próximo;
 6. Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
 7. Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
 8. Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si;
 9. Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
 10. Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.

Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de "status".

E preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que "a traça não come nem a ferrugem corrói! ".

Vaidade

"O homem, pois, em grande número de casos,é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria."  (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)

A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:

1. Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falai demasiado);
 2. Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
 3. Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
 4. Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas;
 5. Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
 6. Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa;
 7. Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.

A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.

A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, "badalado". No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.

O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.

O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranqüila, para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocar­se amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.  

Fonte: Ney Prieto Peres, Blog do CELE, Facebook:  Pensamentos de André Luiz