quinta-feira, 19 de julho de 2012

Fora da Caridade Não Há Salvação

O Passe

Para Reflexão


Para que “sintonia vibratória” ou “casamento fluídico”?

A ligação de um médium com um espírito que lhe dará assistência, seja mentor, protetor ou guia, é construída durante várias encarnações e períodos entre vidas, quando estais desencarnados, e também nas encarnações sucessivas.

A ancestralidade determina as vibrações afins que se aproximarão num mesmo ideal evolutivo, eis que ambos, espírito desencarnado e encarnado, evoluem. É certo que o preparo e a visão do espírito liberto da matéria grosseira ficam ampliados, mas não infalíveis, pois a perfeição absoluta só existe no Cosmo em Deus.

Quando verificamos médiuns oradores se emocionarem diante das platéias hipnotizadas ao afirmarem que esse ou aquele espírito continua em vosso planeta, mesmo tendo alcançado a passagem de ida para outros planetas mais evoluídos, entendemos o amor que moveu tais espíritos, irmãos de jornada, na decisão de permanecerem na Terra, mas não entendemos a exaltação gloriosa em que os homens os colocam...

Como se não houvesse “entidades espirituais” de orbes ainda inimagináveis a vós, que se impõem imenso rebaixamento vibratório para vir dar consulta, humilde e anônima, plasmando corpos astrais de preto velhos ou caboclos nos terreiros de Umbanda, ou para atuarem nos recônditos do Umbral inferior através das estações socorristas intergaláticas.

Importante entender-se que dificuldade vibratória de aproximação com a aparelhagem mediúnica não quer dizer distanciamento. Urge, no planeta, que se intensifiquem as intervenções higienizadoras nas baixas zonas abismais da psicosfera. Ora, mesmo previsto pelo Alto, o mentalismo do Terceiro Milênio, que ora se inicia, está muito longe de se concretizar na Terra.

Os habitantes da crosta ainda precisam das energias telúricas, dos cânticos, dos defumadores, das flores, das essências aromáticas; pela vossa habitual desconcentração mental, se fazem relevantes os pontos de fixação para os pensamentos e os condensadores energéticos para a efetiva manipulação curativa das energias cósmicas nos trabalhos mediúnicos assistenciais.

É mais fácil desfragmentar algo ou condensar? Imaginai o tipo de energia necessária para a recomposição de tecidos astrais de entidades estropiadas e reconstrução de hospitais e cidadelas no umbral: buscar-se-á “combustível” nos raios das estrelas distantes ou nos sítios vibracionais do planeta, do ar, da terra, da água e do fogo?

Sendo assim, o maior impedimento para a aproximação dos guias e protetores espirituais não está na diferença vibratória, em especial dos chacras do médium e do espírito, e sim no envaidecimento daqueles que se deixam elevar pelo excesso de conhecimento, desprezando as formas e o corpo em prol de um mentalismo desprovido de calor amoroso, que o contato regular entre irmãos, com os consulentes, propicia.

O “casamento fluídico” ocorre quando a freqüência vibratória dos chacras do médium se aproxima ao máximo das vibrações da entidade comunicante. Para entender a importância desse acoplamento dos vórtices, que ocorre na atuação direta do corpo astral do “Espírito” sobre o corpo etérico do médium, o qual se encontra algo solto, afastado, deveis entender as especificidades do transe mediúnico na Umbanda, que é mais demorado e intenso.

O “acasalamento fluídico” com o Guia é necessário para ambos, e decorrente de profundas impressões que estão no inconsciente das almas em questão, com afinidades ancestrais. Os técnicos do astral, antes do médium reencarnar, potencializaram energeticamente esses “centros vibratórios”, núcleos fluídicos que sustentarão o intercâmbio com os Guias, processo que demanda ampla preparação nas Escolas do Astral.

Livro Jardim dos Orixás, Ramatís, psicografia de Norberto Peixoto, Ed. do Conhecimento