domingo, 14 de outubro de 2012
COMPORTAMENTO ESPÍRITA: ORGULHO E VAIDADE
"Em tempos de tempestade, orar, vigiar e estudar são os
melhores remédios..."
Procuremos, agora, ilustrar, entre os defeitos que mais
comumente manifestam-se em nós, o orgulho e a vaidade. Busquemos tranqüilamente
conhecê-los, tão profundamente quanto possível, sem mascarar os seus impulsos
dentro de nós mesmos. Entendamos que a tolerância começa de nós para nós
mesmos. Assim, o nosso trabalho de prospecção interior é suave, e não podemos
nos maldizer ou nos martirizar pelos defeitos que ainda temos. Vamos, então,
trazer aos níveis de nossa consciência aquelas manifestações impulsivas que nos
dominam de certo modo, e que, progressivamente, desejamos controlar.
Vejamos, então, como identificar em nós o orgulho e a vaidade.
Orgulho
"Aquele que encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando os pode satisfazer, enquanto que aquele que se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo 1. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.).
"O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera." (Allan Kardec. O Evangelho Segundo Q Espiritismo. Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. A Cólera.).
As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:
1. Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
2. Reage explosivarnente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
3. Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
4. Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
5. Menospreza as idéias do próximo;
6. Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
7. Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
8. Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si;
9. Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
10. Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de "status".
E preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que "a traça não come nem a ferrugem corrói! ".
Vaidade
"O homem, pois, em grande número de casos,é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria." (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)
A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:
1. Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falai demasiado);
2. Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
3. Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
4. Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas;
5. Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
6. Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa;
7. Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.
A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.
A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, "badalado". No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.
O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.
O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranqüila, para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocarse amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.
Vejamos, então, como identificar em nós o orgulho e a vaidade.
Orgulho
"Aquele que encontra a felicidade senão na satisfação do orgulho e dos apetites grosseiros é infeliz quando os pode satisfazer, enquanto que aquele que se interessa pelo supérfluo se sente feliz com aquilo que, para os outros, constituiria infortúnio." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Quarto. Capítulo 1. Penas e Gozos Terrenos. Parte dos comentários à resposta da pergunta 933.).
"O orgulho vos induz a julgardes mais do que sois, a não aceitar uma comparação que vos possa rebaixar, e a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece. E o que acontece, então? Entregai-vos à cólera." (Allan Kardec. O Evangelho Segundo Q Espiritismo. Capítulo IX. Bem-aventurados os Brandos e Pacíficos. A Cólera.).
As principais reações e características do tipo predominantemente orgulhoso são:
1. Amor-próprio muito acentuado: contraria-se por pequenos motivos;
2. Reage explosivarnente a quaisquer observações ou críticas de outrem em relação ao seu comportamento;
3. Necessita ser o centro de atenções e fazer prevalecer sempre as suas próprias idéias;
4. Não aceita a possibilidade de seus erros, mantendo-se num estado de consciência fechado ao diálogo construtivo;
5. Menospreza as idéias do próximo;
6. Ao ser elogiado por quaisquer motivos, enche-se de uma satisfação presunçosa, como que se reafirmando na sua importância pessoal;
7. Preocupa-se muito com a sua aparência exterior, seus gestos são estudados, dá demasiada importância à sua posição social e ao prestígio pessoal;
8. Acha que todos os seus circundantes (familiares e amigos) devem girar em torno de si;
9. Não admite se humilhar diante de ninguém, achando essa atitude um traço de fraqueza e falta de personalidade;
10. Usa da ironia e do deboche para com o próximo nas ocasiões de contendas.
Compreendemos que o orgulhoso vive numa atmosfera ilusória, de destaque social ou intelectual, criando, assim, barreiras muito densas para penetrar na realidade do seu próprio interior. Na maioria dos casos o orgulho é um mecanismo de defesa para encobrir algum aspecto não aceito de ordem familiar, limitações da sua formação escolar-educacional, ou mesmo o resultado do seu próprio posicionamento diante da sociedade da imagem que escolheu para si mesmo, do papel que deseja desempenhar na vida de "status".
E preferível nos olharmos de frente, corajosamente, e lutar por nossa melhora, não naquilo que a sociedade estabeleceu, dentro dos limites transitórios dos bens materiais, mas nas aquisições interiores: os tesouros eternos que "a traça não come nem a ferrugem corrói! ".
Vaidade
"O homem, pois, em grande número de casos,é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade, acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria." (Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V. Bem-aventurados os Aflitos. Causas Atuais das Aflições.)
A vaidade é decorrente do orgulho, e dele anda próxima. Destacamos adiante as suas facetas mais comuns:
1. Apresentação pessoal exuberante (no vestir, nos adornos usados, nos gestos afetados, no falai demasiado);
2. Evidência de qualidades intelectuais, não poupando referências à própria pessoa, ou a algo que realiza;
3. Esforço em realçar dotes físicos, culturais ou sociais com notória antipatia provocada aos demais;
4. Intolerância para com aqueles cuja condição social ou intelectual é mais humilde, não evitando a eles referências desairosas;
5. Aspiração a cargos ou posições de destaque que acentuem as referências respeitosas ou elogiosas à sua pessoa;
6. Não reconhecimento de sua própria culpabilidade nas situações de descontentamento diante de infortúnios por que passa;
7. Obstrução mental na capacidade de se auto-analisar, não aceitando suas possíveis falhas ou erros, culpando vagamente a sorte, a infelicidade imerecida, o azar.
A vaidade, sorrateiramente, está quase sempre presente dentro de nós. Dela os espíritos inferiores se servem para abrir caminhos às perturbações entre os próprios amigos e familiares. É muito sutil a manifestação da vaidade no nosso íntimo e não é pequeno o esforço que devemos desenvolver na vigilância, para não sermos vítimas daquelas influências que encontram apoio nesse nosso defeito. De alguma forma e de variada intensidade, contamos todos com uma parcela de vaidade, que pode estar se manifestando nas nossas motivações de algo a realizar, o que é certamente válido, até certo ponto. O perigo, no entanto, reside nos excessos e no desconhecimento das fronteiras entre os impulsos de idealismo, por amor a uma causa nobre, e os ímpetos de destaque pessoal, característicos da vaidade.
A vaidade, nas suas formas de apresentação, quer pela postura física, gestos estudados, retórica no falar, atitudes intempestivas, reações arrogantes, reflete, quase sempre, uma deformação de colocação do indivíduo, face aos valores pessoais que a sociedade estabeleceu. Isto é, a aparência, os gestos, o palavreado, quanto mais artificiais e exuberantes, mais chamam a atenção, e isso agrada o intérprete, satisfaz a sua necessidade pessoal de ser observado, comentado, "badalado". No íntimo, o protagonista reflete, naquela aparência toda, grande insegurança e acentuada carência de afeto que nele residem, oriundas de muitos fatores desencadeados na infância e na adolescência. Fixações de imagens que, quando criança, identificou em algumas pessoas aparentemente felizes, bem sucedidas, comentadas, admiradas, cujos gestos e maneiras de apresentação foram tomados como modelo a seguir.
O vaidoso o é, muitas vezes, sem perceber, e vive desempenhando um personagem que escolheu. No seu íntimo é sempre bem diferente daquele que aparenta, e, de alguma forma, essa dualidade lhe causa conflitos, pois sofre com tudo isso, sente necessidade de encontrar-se a si mesmo, embora às vezes sem saber como.
O mais prejudicial nisso tudo é que as fixações mentais nos personagens selecionados podem estabelecer e conduzir a enormes bloqueios do sentimento, levando as criaturas a assumirem um caráter endurecido, insensível, de atitudes frias e grosseiras. O Aprendiz do Evangelho terá aí um extraordinário campo de reflexão, de análise tranqüila, para aprofundar-se até as raízes que geraram aquelas deformações, ao mesmo tempo que precisa identificar suas características autênticas, o seu verdadeiro modo de ser, para então despir a roupagem teatral que utilizava e colocarse amadurecidamente, assumindo todo o seu íntimo, com disposição de melhorar sempre.
Fonte: Ney Prieto Peres, Blog do CELE, Facebook: Pensamentos de André Luiz
AÇÃO NO MUNDO ESPIRITUAL
Certa ocasião, comunicaram-se três Espíritos que tinham uma problemática em relação ao aborto. As comunicações, uma em seguida à outra, eram todas vinculadas ao assunto. A primeira delas foi a de um médico que, enquanto enncarnado, dedicara-se a fazer abortos. Apresentou-se muito perturbado, perseguido por vários Espíritos. Acusava a si mesmo de criminoso e sentia-se aterrorizado com os próprios atos. Estava arrependido - dizia sem cessar - e tinha muito medo dos que o perseguiam. O segundo comunicante foi uma mulher. Acusava o médico, a quem perseguia, desejosa de vingar-se. Explicou ter morrido em suas mãos, quando este tentava provocar-lhe a interrupção de uma gravidez. Estava atormentada pelo remorso dessa ação e pelo ódio que nutria pelo médico.
Ambos foram esclarecidos e retiraram-se bastante reconfortados. A terceira entidade era também uma mulher. Veio para apoiar e estimular o nosso trabalho. Já possuía bastante conhecimento sobre a vida espiritual e trabalhava muito, principalmente ajudando a combater a idéia e a prática do aborto. Ela mesma, em sua última existência, havia cometido esse crime, quando da gestação de seu sexto filho. Sendo pobre e lutando com dificuldades de toda ordem, ao engravidar pela sexta vez, desorientou-se e provocou o aborto, do qual se arrependeu imediatamente. Jamais se perdoara e daí para frente sofreu duplamente, carregando o peso do remorso. Teve uma existência longa, de muitas lutas, e desencarnou após prolongada moléstia.No plano espiritual, encontrou-se com aquele que seria o seu sexto filho e teve um grande abalo ao certificar-se de que era um ente muito querido ao seu coração e que iria reencarnar com a finalidade de ajudá-Ia. Ele a havia perdoado, mas ela, inconformada com o fato, não connseguira até então perdoar a si mesma. Dedicou-se, por isto, ao trabalho de preservação da vida, ao mesmo tempo em que faz parte de um grupo de atendentes (ou enfermeiros), dedicados a socorrer os que praticam esse delito e que jazem no remorso e no desespero. Estava conosco naquela noite, acompanhando vários Espíritos comprometidos por esse mesmo crime.Foi um belo trabalho, e uma vez mais emocionamo-nos ante as lições maravilhosas que recebemos nas reuniões de desobsessão.
SCHUBERT, Suely Caldas. Obsessão e Desobsessão. FEB. Fonte: Reflexões Espíritas
Ambos foram esclarecidos e retiraram-se bastante reconfortados. A terceira entidade era também uma mulher. Veio para apoiar e estimular o nosso trabalho. Já possuía bastante conhecimento sobre a vida espiritual e trabalhava muito, principalmente ajudando a combater a idéia e a prática do aborto. Ela mesma, em sua última existência, havia cometido esse crime, quando da gestação de seu sexto filho. Sendo pobre e lutando com dificuldades de toda ordem, ao engravidar pela sexta vez, desorientou-se e provocou o aborto, do qual se arrependeu imediatamente. Jamais se perdoara e daí para frente sofreu duplamente, carregando o peso do remorso. Teve uma existência longa, de muitas lutas, e desencarnou após prolongada moléstia.No plano espiritual, encontrou-se com aquele que seria o seu sexto filho e teve um grande abalo ao certificar-se de que era um ente muito querido ao seu coração e que iria reencarnar com a finalidade de ajudá-Ia. Ele a havia perdoado, mas ela, inconformada com o fato, não connseguira até então perdoar a si mesma. Dedicou-se, por isto, ao trabalho de preservação da vida, ao mesmo tempo em que faz parte de um grupo de atendentes (ou enfermeiros), dedicados a socorrer os que praticam esse delito e que jazem no remorso e no desespero. Estava conosco naquela noite, acompanhando vários Espíritos comprometidos por esse mesmo crime.Foi um belo trabalho, e uma vez mais emocionamo-nos ante as lições maravilhosas que recebemos nas reuniões de desobsessão.
SCHUBERT, Suely Caldas. Obsessão e Desobsessão. FEB. Fonte: Reflexões Espíritas
EMMANUEL
O nome ficou mais conhecido, entre os espíritas
brasileiros, pela psicografia do médium mineiro Francisco Cândido Xavier.
Segundo ele, foi no ano de 1931 que, pela primeira vez, numa das reuniões
habituais do Centro Espírita, se fez presente o bondoso espírito Emmanuel.
Emmanuel, exatamente assim, com dois "m" se encontra grafado o nome do espírito, no original francês "L\'Évangile Selon le Spiritisme", em mensagem datada de Paris, em 1861 e inserida no cap. XI, item 11 da citada obra, intitulada "O Egoísmo".
Descreve Chico: "Via-lhe os traços fisionômicos de
homem idoso, sentindo minha alma envolvida na suavidade de sua presença, mas o
que mais me impressionava era que a generosa entidade se fazia visível para
mim, dentro de reflexos luminosos que tinham a forma de uma cruz." Convidado a se identificar, apresentou alguns traços de
suas vidas anteriores, dizendo-se ter sido senador romano, descendente da
orgulhosa "gens Cornelia" e, também sacerdote, tendo vivido inclusive
no Brasil.
De 24 de outubro de 1938 a 9 de fevereiro de 1939, Emmanuel
transmitiu ao médium mineiro as suas impressões, dando-nos a conhecer o
orgulhoso patrício romano Públio Lentulus Cornelius, em vida pregressa Públio
Lentulus Sura, e que culminou no romance extraordinário: Há Dois Mil Anos.
Públio é o homem orgulhoso, mas também nobre. Roma é o seu
mundo e por ele batalha. Não admite a corrupção, mostrando, desde então, o seu
caráter íntegro. Intransigente, sofre durante anos a suspeita de ter sido
traído pela esposa a quem ama. Para ela, nos anos da mocidade, compusera os
mais belos versos:
"Alma gêmea da minhalma/ Flor de luz da minha vida/ Sublime estrela caída/ Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: "És meu tesouro infinito/ Juro-te eterna aliança/ Porque eu sou tua esperança/ Como és todo o meu amor!"
"Alma gêmea da minhalma/ Flor de luz da minha vida/ Sublime estrela caída/ Das belezas da amplidão..." e, mais adiante: "És meu tesouro infinito/ Juro-te eterna aliança/ Porque eu sou tua esperança/ Como és todo o meu amor!"
Tem a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Jesus,
mas entre a opção de ser servo de Jesus ou servo do mundo, escolhe a segunda. Não é por outro motivo que escreve, ao início da citada
obra mediúnica: "Para mim essas recordações têm sido muito suaves, mas
também muito amargas. Suaves pela rememoração das lembranças amigas, mas
profundamente dolorosas, considerando o meu coração empedernido, que não soube
aproveitar o minuto radioso que soara no relógio da minha vida de Espírita, há
dois mil anos."
Desencarnou em Pompéia, no ano de 79, vítima das lavas do
vulcão Vesúvio, cego e já voltado aos princípios de Jesus. Cinquenta anos depois, no ano de 131, ei-lo já de retorno
ao palco do mundo. Nascido em Éfeso, de origem judia, foi escravizado por
ilustres romanos que o conduziram ao antigo país de seus ascendentes. Nos seus
45 anos presumíveis, Nestório mostra no porte israelita, um orgulho silencioso
e inconformado. Apartado do filho, que também fora escravizado, tornaria a
encontrá-lo durante uma pregação nas catacumbas onde ele, Nestório, tinha a
responsabilidade da palavra. Cristão desde os dias da infância, é preso e, após
um período no cárcere, por manter-se fiel a Jesus, é condenado à morte. Junto com o filho, Ciro, e mais uma vintena de cristãos,
num fim de tarde, foi conduzido ao centro da arena do famoso circo romano,
situado entre as colinas do Célio e do Aventino, na capital do Império. Atado a
um poste por grossas cordas presas por elos de bronze, esquelético, munido somente
de uma tanga que lhe cobria a cintura, até os rins, teve o corpo varado por
flechas envenenadas. Com os demais, ante o martírio, canta, dirigindo os olhos
para o Céu e, no mundo espiritual, é recebido pelo seu amor, Lívia.
Pelo ano 217, peregrina na Terra outra vez. Moço, podemos
encontrá-lo nas vestes de Quinto Varro, patrício romano, apaixonado cultor dos
ideais de liberdade. Afervorado a Jesus, sente confranger-lhe a alma a
ignorância e a miséria com que as classes privilegiadas de Roma mantinham a
multidão. O pensamento do Cristo, ele sente, paira acima da Terra e,
por mais lute a aristocracia romana, Varro não ignora que um mundo novo se
formava sobre as ruínas do velho.
Vítima de uma conspiração para matá-lo, durante uma viagem
marítima, toma a identidade de um velho pregador de Lyon, de nome Corvino.
Transforma-se em Irmão Corvino, o moço, e se torna jardineiro. Condenado à
decapitação, tem sua execução sustada após o terceiro golpe, sendo-lhe
concedida a morte lenta, no cárcere. Onze anos após, renasce e toma o nome de Quinto Celso.
Desde a meninice, iniciado na arte da leitura, revela-se um prodígio de memória
e discernimento.
Francamente cristão, sofreu o martírio no circo, amarrado a
um poste untado com substância resinosa ao qual é ateado fogo. Era um
adolescente de mais ou menos 14 anos. Sua derradeira reencarnação se deu a 18 de outubro de 1517
em Sanfins, Entre-Douro-e-Minho, em Portugal, com o nome de Manoel da Nóbrega,
ao tempo do reinado de D. Manoel I, o Venturoso. Inteligência privilegiada, ingressou na Universidade de
Salamanca, Espanha, aos 17 anos. Aos 21, está na faculdade de Cânones da
Universidade, onde freqüenta as aulas de direito canônico e de filosofia,
recebendo a láurea doutoral em 14 de junho de 1541. Vindo ao Brasil, foi ele quem estudou e escolheu o local
para a fundação da cidade de São Paulo, a 25 de janeiro de 1554. A data
escolhida, tida como o dia da Conversão do apóstolo Paulo, pretende-se seja uma
homenagem do universitário Manoel da Nóbrega ao universitário Paulo de Tarso.
O historiador paulista Tito Lívio Ferreira, encerra sua
obra "Nóbrega e Anchieta em São Paulo de Piratininga" descrevendo:
"Padre Manoel da Nóbrega fundara o Colégio do Rio de Janeiro. Dirige-o com
o entusiasmo de sempre. Aos 16 de outubro de 1570, visita amigos e principais
moradores.
Despede-se de todos, porque está, informa, de partida para a sua
Pátria. Os amigos estranham-lhe os gestos. Perguntam-lhe para onde vai. Ele
aponta para o Céu. No dia seguinte, já não se levanta. Recebe a Extrema Unção.
Na manhã de 18 de outubro de 1570, no próprio dia de seu aniversário, quando
completava 53 anos, com 21 anos ininterruptos de serviços ao Brasil, cujos
alicerces construiu, morre o fundador de São Paulo.
E as últimas palavras de Manoel da Nóbrega são: \'Eu vos
dou graças, meu Deus, Fortaleza minha, Refúgio meu, que marcastes de antemão
este dia para a minha morte, e me destes a perseverança na minha religião até
esta hora.\'
E morreu sem saber que havia sido nomeado, pela segunda
vez, Provincial da Companhia de Jesus no Brasil: a terra de sua vida, paixão e
morte."
Fonte: Federação Espírita do Paraná - www.feparana.com.br
COMO FUNCIONAM AS ORAÇÕES
É possível fazer pedidos através de orações ou simplesmente mentalizando durante nossa vida e também quando estamos lá do outro lado. Você pode pedir a Deus, aos santos, aos anjos, aos espíritos de amigos, familiares e até mesmo a todos os espíritos bons que estejam próximos de você no momento.
Na verdade não importa para quem você pede. Seu pedido pode ser atendido por qualquer espírito bom. Lá do outro lado todos que trabalham pelo bem trabalham em conjunto, como se todos fossem um só. Ninguém se preocupa em receber os méritos das boas ações praticadas.
Em todas as colônias existentes sobre as cidades, encontramos departamentos específicos com equipes encarregadas de ouvir e registrar cada pedido.
Os pedidos podem chegar de duas formas nas colônias. Quando a pessoa possui muita fé o pedido é recebido diretamente na colônia espiritual mais próxima, normalmente sobre a cidade onde se está. Por isto é comum que se solicite orações às pessoas conhecidas que você sente mais fé.
Quando se faz o pedido sem fé este pode ser ouvido por espíritos bons que estejam próximos (podem estar a quilômetros de distância). Estes espíritos se encarregam de transmitir o pedido a colônia.
Na colônia o pedido é classificado em dois tipos: os pedidos viáveis e os inviáveis. Os viáveis serão analisados e poderão ser atendidos em sua totalidade ou parcialmente. Os inviáveis não são atendidos.
Exemplo de pedidos que são descartados por serem considerados inviáveis:
Pedido para ganhar em loterias e jogos de azar. Pedidos para que seu time preferido seja campeão. Pedido para que não descubram algum erro que você cometeu. Pedido para não estar grávida em uma situação de suspeita. Pedido para morrer. Pedidos que prejudiquem terceiros.
Exemplo de pedidos viáveis que são analisados e atendidos parcialmente ou totalmente:
Pedido de saúde. Pedido de cura de doenças. Pedido para amenizar sofrimentos. Pedido para eliminar vícios. Pedidos para se adquirir virtudes que não se tem. Pedidos para eliminar defeitos morais. Pedidos de força, paciência, sabedoria, justiça, paz, compaixão, etc. Podemos pedir por nós e também para outras pessoas. Pedir pelo próximo é considerado uma caridade e conta pontos positivos para quem pede.
Existem casos em que os pedidos são atendidos imediatamente. É o caso de alguém que sofre em seus momentos de morte e pede socorro, acolhimento, diminuição dos sofrimentos. O socorro logo virá para tentar ajudar. Alguns pedidos podem demorar algum tempo para serem atendidos já que para tudo existe um tempo certo. Nem sempre o que se pede hoje é o melhor para nós.
Um exemplo de pedido atendido parcialmente: É o caso do homem com câncer em fase terminal. Reza pedindo a Deus a cura. Como o momento de partir era aquele, nada poderia ser feito para recuperar o corpo e mantê-lo vivo. Mas o pedido é atendido parcialmente quando um equipe de socorro atende o enfermo o confortando, o tranqüilizando e transformando a inevitável morte em uma passagem tranqüila e sem sofrimentos maiores.
Grande parte dos pedidos é realizada dentro de igrejas, templos, cemitérios e no lar das pessoas. Nos locais onde são realizados cultos, missas, encontros religiosos das mais diversas religiões sempre existem numerosos espíritos bons preparados para ouvir os pedidos de ajuda. Estes espíritos estão sempre dispostos a ajudar e se sentem felizes fazendo isto. É o caso da basílica de Nossa Senhora de Aparecida que recebe milhares de pessoas por mês. Muitos são os espíritos seguidores de Maria que lá estão para ouvir e ajudar quem necessite, deseja e mereça receber ajuda. Espíritos maldosos vindos do Umbral tentam atrapalhar o trabalho dos espíritos bons, mas são repelidas por equipes destinadas as proteções dos fiéis e peregrinas.
Muitos pedidos chegam com promessas embutidas. No caso do pedido ser realizado a pessoa fica comprometida a realizar alguma tarefa ou penitência. Fazer promessas é absolutamente desnecessário. Os espíritos bons, os santos e Deus não pedem e não exigem nada em troca na hora de ajudar. É mesquinho acreditar que a relação entre homens e santos ocorre como uma negociação primitiva, onde eu te peço isso, e em troca eu te dou aquilo.
Existem pessoas que ao não cumprirem uma determinada promessa após ter sido realizado seu pedido, entram em crise, em depressão. Muitos morrem e continuam se sentindo mal por não ter cumprido a promessa. Quando se promete o único que se sente afetado é quem prometeu. Deus não pede nada em troca das coisas boas que faz, pois as boas coisas só são feitas quando o espírito ou a pessoa são merecedores devido ao arrependimento, a vontade de evoluir ou ao bem que já tem feito ao próximo.
Existem religiões afro-brasileiras que invocam espíritos de baixa vibração solicitando ajuda em troca de favores. Na maioria das vezes é oferecido alimentos, bebidas, cigarros, charutos e perfumes, em troca de determinado trabalho. Estes espíritos de baixo nível e ainda muito ligados a vida na Terra, sugam as energias destes presentes e se satisfazem com isto. Em troca tentam realizar o pedido e às vezes podem obter sucesso quando a vítima é uma pessoa de baixa vibração, ligadas a sentimentos como a raiva, vingança, egoísmo, vaidade, etc.
Nossa Senhora é o espírito de luz que mais recebe pedidos. Existem legiões de espíritos bons que trabalham como anjos de Maria atendendo quando possível as solicitações dos seus fiéis. Existem livros psicografados que relatam a existência de uma cavalaria de bons espíritos que percorrem o Umbral em busca de pessoas que pedem ajuda a Nossa Senhora.
Em resumo, antes de pedir devemos nos esforçar para atingir nossas metas. Quando fizemos o possível podemos e devemos pedir ajuda através de uma oração ou meditação. Este pedido pode ser feito a Deus, aos santos, aos anjos, aos espíritos bons. Se for um pedido viável, se você for merecedora e se o pedido irá trazer benefícios para você, ele é atendido ou parcialmente atendido. Somente os pedidos feitos com fé chegam até os locais responsáveis nas colônias. Os feitos sem fé podem ser recebidos por espíritos próximos que farão o pedido para você usando de fé. Não é necessário fazer promessas dando algo em troca quando o pedido é realizado. Só se pede reconhecimento e gratidão pelo pedido alcançado. E isto pode ser feito com uma oração de agradecimento com fé.
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