domingo, 23 de setembro de 2012

Animismo

Eu sempre frizei em nossos estudos: "O médium não pode simplesmente chegar numa Casa, ficar de frente ao Congal e sair incorporando sem no mínimo ter conhecimento dos "mecanismos da mediunidade" e principalmente sem o devido preparo".

Este é um dos piores descuidos e perigos nos Centros: Estudando o Animismo
Animismo é o “sistema fisiológico que considera a alma como a causa primária de todos os fatos intelectivos e vitais”. O fenômeno anímico, portanto, na esfera de atividades espíritas, significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas do“Além-Túmulo”.

Assim, quando os aficionados do espiritismo afirmam que determinada comunicação mediúnica foi “puro animismo” querem explicar que a alma do médium ali interveio com exclusividade, tendo ele manifestado apenas seus próprios conhecimentos e conceitos pessoais, embora os rotulasse com o nome de algum espírito desencarnado.

Essa interferência anímica inconsciente, por vezes, é tão sutil, que o médium é incapaz de perceber o quanto o seu pensamento intervém ou quando é o espírito comunicante que transmite suas ideias pelo contato espiritual.

Servindo-nos dos médiuns da Terra, curvamo-nos imensamente gratos ao Pai pelo ensejo de podermos inspirá-los em favor da ventura, do bem e da alegria dos seres humanos. Por isso não desprezamos a oportunidade dos médiuns anímicos quando eles nos interpretam a seu modo pessoal, desde que conservem a ideia central e autêntica daquilo que lhes incutimos na alma.

Quando o médium não tem o intuito de enganar os que o ouvem, não podemos admitir a mistificação inconsciente. A comunicação anímica é decorrente da falsa suposição íntima de a criatura julgar-se atuada por espírito, por cujo motivo transmite equivocadamente suas próprias ideias.

Quando um médium anímico culto, sensato e de conduta moral irrepreensível, expõe seus pensamentos em alto teor intelectivo e espiritual, podemos classificá-lo como criatura que supera a maioria dos médiuns, pois, se é inteligente, de moral superior e sensível a vida espiritual angélica, não deixa de ser um médium intuitivo-natural, um feliz inspirado que pode absorver diretamente na Fonte Divina os mais altos conceitos filosóficos da vida imortal e as bases exatas da ascese espiritual.

No entanto, o médium anímico, mas inculto, sugestionável, enfermiço ou moralmente falho é a vítima passiva de suas próprias ideias fixas, das emersões da memória pregressa e das sugestões anímicas medíocres.

O médium totalmente anímico é sempre a vítima passiva do seu próprio espírito, que pensa e expõe sua mensagem particular sem qualquer interferência exterior. O médium propriamente dito, mesmo quando obsidiado, ainda é um medianeiro, um instrumento das intenções ou dos desejos de outrem.

Quanto ao médium totalmente anímico, ainda de poderia estabelecer duas classificações:
- o anímico passivo, que é vítima absoluta de suas ideias e impressões;
- anímico ativo, capaz de perquirir os acontecimentos e os fenômenos da vida oculta, para depois expô-los em nome de terceiros.

Reconhecemos a interferência ou associação de ideias no médium consciente, porque no seu esforço para lograr a passividade no transe, ele toma o conteúdo de sua alma como sendo manifestação alheia.

O médium não é boneco vivo, insensível e de manejo mecânico, mas sim uma organização ativa com vocabulário próprio e conhecimentos pessoais adquiridos pela sua experiência e cultura humana.

Quando se trata de médiuns conscientes ou semiconscientes, só lhes resta a tarefa de vestir e ajustar honesta e sinceramente as ideais e as frases que melhor correspondem ao pensamento que lhes é manifesto pelos espíritos desencarnados através do seu contato perispiritual.

Assim, os comunicantes ficam circunscritos quase que totalmente à vontade e às diretrizes intelectuais e emotivas do seu intérprete encarnado, o qual fiscaliza, observa e até modifica conscientemente aquilo que foi incumbido de dizer.

É tão sutil a linha divisória entre o mundo espiritual e a matéria, que a maioria dos médiuns conscientes e bisonhos dificilmente logra perceber quando predomina o pensamento do desencarnado ou quando se trata de sua própria interferência anímica.

Só depois de alguns anos de trabalho assíduo na seara mediúnica, estudos profícuos, afinada sensibilidade mediúnica, muita capacidade de autocrítica e introspecção freudiana é que o médium logra dominar e distinguir com êxito o fenômeno anímico. .. os guias não objetivam a criação de autômatos mediúnicos, espécies de “robôs acionáveis à distância.

É mais importante para o bom “guia”, o progresso intelectivo, o desembaraço e a integração evangélica do seu médium, do que mesmo o êxito brilhante de sua manifestação mediúnica.

Quando o médium e o espírito manifestante afinam-se pelos mesmos laços intelectuais e morais, ou coincide semelhança profissional, as comunicações mediúnicas tornam-se flexíveis, eloquentes e nítidas.

Portanto, entre os espíritos desencarnados e o médium que os recepciona, recrudesce o entusiasmo, a coerência e clareza do assunto em exposição, quando entre ambos também há similaridade de conhecimentos, gostos e intenções.

Os médiuns em sua generalidade são intuitivos e não podem libertar-se completamente do animismo, que apenas varia mais ou menos de intensidade neste ou naquele médium.

Os espíritos não se preocupam em eliminar radicalmente o animismo nas comunicações espíritas, porque o seu escopo principal é o de orientar os médiuns aos poucos, para as maiores aquisições espirituais, morais e intelectivas, a ponto de poderem endossar-lhes depois as comunicações anímicas como se fossem de autoria dos desencarnados.

O médium sensato, laborioso e culto alcança tal êxito na sua tarefa mediúnica, que basta ao seu guia dar-lhe o toque fluídico familiar e delinear lhe o tema que deve expor ao público, para a comunicação fluir espontaneamente e submissa ao programa de esclarecimento delineado pelos mentores da casa ou da instituição espírita.

Os espíritos protetores rejubilam-se quando comprovam que o seu pupilo já exerce de modo sensato e satisfatório o seu comando psíquico, tornando-se capaz de esclarecer e doutrinar o público à maneira de orador exímio, em vez de simples “robô ”que transmite mecanicamente as mensagens dos espíritos desencarnados, mas sem a convicção espiritual daqueles que comunicam inteligentemente.
(Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade - Norberto Peixoto)

Alimentação no Mundo Espiritual

Para quem entende pouco da doutrina espírita, dificilmente vai acreditar que se usa alimentação no mundo espiritual. Esta alimentação é muito usada assim que o espírito desencarna.

Eles sentem muita fome e precisam se alimentar com os alimentos semelhantes aos que usavam no corpo físico.

Os espíritos errantes sentem muita fome. Esta fome é porque já estavam condicionados aos alimentos quando encarnados. Os hábitos terrenos continuam por algum tempo na vida espiritual e só com o tempo, a evolução e o entendimento estes hábitos vão mudando.

A alimentação difere de colônia para colônia espiritual. Existe alimentação semelhante a da terra, porém não muito grosseira e são carregadas de fluído vital. A alimentação mais grosseira que existe é no umbral. Ali os espíritos vão atrás dos encarnados afins e se alimentam juntos com eles, na mesa deles. Sugam as energias vitais que deveriam ir para os encarnados, saem dali fartos. Nos bares e restaurantes também encontramos muitos destes espíritos. Eles estarão sempre onde houver encarnados que vibram na mesma faixa psíquica, ou seja, que possuem pensamentos semelhantes.

Quando os encarnados vão-se evangelizando, estes espíritos ou se evangelizam também ou vão a procura de outros encarnados afins. É por isto que é muito bom a prece na hora das refeições. 

Isto afasta estes convidados indesejados. A obra "Colônia São Paulo" nos cita um caso de duas senhoras que estavam em estado crítico. Elas foram resgatadas por bons irmãos e levadas para a colônia. Como elas estivessem sempre comandadas por seres perversos, tiveram que ir à colônia sedadas. Lá ele viu botijões de oxigênio, máscaras ligadas até elas. Havia uma outra máscara com tubos, parecendo sonda para se alimentar. O alimento era dado a elas por estes tubos. Veja bem, dizia Flávia ao irmão Marcílio, como nossas irmãs são dependentes desse alimento. Posso dizer que sem ele elas não estariam aqui, porque o estado de debilidade poderia fazer com que elas novamente fossem atraídas de volta ao vale de onde foram retiradas.

Em outra passagem irmã Flávia afirma: Mesmo sedadas, os alimentos passam pelas sondas que estamos vendo, levando regeneramento ao interior desses espíritos. Dentro deles, esse alimento não só revigorará as causas nesses anticorpos, como também lhes fornecerá um novo e resistente campo imunológico. Eles têm carência dessa ajuda, e sendo assim não só a elas como a muitos são concedidos esses benefícios. Há outros benefícios além dos que já expliquei, há outros muito importantes nesse alimento. São acrescentadas fórmulas que, uma vez dentro do ser, agem como se fossem um expelidor de resíduos imprestáveis. Uma maneira mais fácil de entender: agem como se as desintoxicasse por dentro. Com o soro, com os sedativos e mais esses alimentos que são fornecidos, logo quando acordarem demonstrarão um novo estado de aceitação, aqui nesta Colônia, e, um pouco mais desprendidas daqueles que se diziam chefes delas, vão ver que tudo que aqui lhes está sendo feito e fornecido é para seu próprio bem. Como elas, existem muitos outros em condições piores.

Há casos mais dolorosos, não só aqui, como também em região de difícil acesso. A medida que o espírito evolui a alimentação muda até praticamente o seu término. A obra "Nosso Lar" fala muito na alimentação na colônia. Segundo esta obra houve sérios problemas com a alimentação: "muitos recém-chegados ao "Nosso Lar" duplicavam exigências. Queriam mesas lautas, bebidas excitantes, dilatando velhos vícios terrenos. Apenas o Ministério da união ficou imune de tais abusos." Por aqui vemos que os chegantes queriam que a colônia fosse uma extensão da terra com todos os seus vícios alimentares. E continua a obra: "...Vieram duzentos instrutores de uma esfera muito elevada, a fim de espalharem novos conhecimentos, relativos à ciência da respiração e da absorção de princípios vitais da atmosfera.

As reuniões para a mudança da alimentação em "Nosso Lar" demoraram por mais de 30 anos, houve inclusive alguns protestos. Como houve uma pequena rebeldia, houve também uma pequena repreensão: "Por mais de seis meses, os serviços de alimentação, em "Nosso lar", foram reduzidos à inalação de princípios vitais da atmosfera, através da respiração, e água misturada a elementos solares, elétricos e magnéticos." Desde então, só existe maior suprimento de substâncias alimentícias que lembra a Terra, nos Ministérios de Regeneração e do Auxílio onde há sempre grande número de necessitados. Em várias partes da obra "Nosso Lar" André Luiz nos fala em alimentação como nesta passagem: " A essa altura, serviram-me caldo reconfortante, seguido de água muito fresca, que me pareceu portadora de fluidos divinos. Aquela reduzida porção de líquido reanimava-me inesperadamente. Não saberia dizer que espécie de sopa era aquela; se alimentação sedativa, se remédio salutar.

Novas energias amparavam-me a alma..." Em outra passagem diz André Luiz: "Terminada a oração, chamou-nos à mesa a dona da casa, servindo caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentradas de fluidos deliciosos. Eminentemente surpreendido, ouvi a senhora Laura observar com graça: - Afinal, nossas refeições aqui são muito mais agradáveis que na Terra. Há residências, em "Nosso Lar" que as dispensam quase por completo; mas, nas zonas do Ministério do Auxílio, não podemos prescindir dos concentrados fluídicos, tendo em vistas os serviços pesados que as circunstâncias impõem. Despendemos grande quantidade de energias. É necessário renovar provisões de força. - Isso, porém - ponderou uma das jovens -, não quer dizer que somente nós, os funcionários do Auxílio e da Regeneração, vivamos a depender de alimentos.
Todos os Ministérios, inclusive o da União Divina, não os dispensam, diferindo apenas a feição substancial. Na Comunicação e no Esclarecimento há enorme dispêndio de frutos. Na Elevação o consumo de sucos e concentrados não é reduzido, e, na União Divina, os fenômenos de alimentação atingem o inimaginável." No mesmo capítulo ele afirma: "...Nós outros, criaturas desencarnadas, necessitamos de substâncias suculentas, tendentes à condição fluídica, e o processo será cada vez mais delicado, à medida que se intensifique a ascensão individual." Já na obra "Colônia São Paulo" descobrimos uma passagem em que o irmão Marcílio pergunta a Alexandre se ele deseja tomar um suco.

O irmão fica muito surpreso e diz a Marcílio que já não necessita mais desses alimentos. Allan Kardec já falava em alimentação novo fiat uno no mundo espiritual. Em uma comunicação do Espírito Cura de Bizet ele afirma: ..."mas também tive sob os olhos o atroz espetáculo da fome entre os Espíritos. Encontrei lá em cima muitos desses infelizes, mortos nas torturas da fome, ainda procurando em vão satisfazer uma necessidade imaginária, lutando uns contra os outros para arrancar um pedaço de comida que se esconde nas mãos, se entrerasgando e, se assim posso dizer, se entredevorando; uma cena horrível, pavorosa, ultrapassando tudo quanto a imaginação pode conceber de mais desolador. (Revisa Espírita de Allan Kardec, n. 6 - junho de 1868)." Também a obra de Yvone A . Pereira - Memórias de um Suicida fala de um espírito que fora hospitalizado na colônia, a respeito da comida: "A cada um de nós foi servido delicioso caldo, tépido, reconfortante em pratos tão alvos quanto os lençóis; e cada um sentiu o sabor daquilo que lhe apetecia".

O livro "Cartas de um morto vivo" recebido do Espírito David Hatch por Elsa Barker diz que o que mais interessa aos recém desencarnados é a alimentação. Afirma que os Espíritos errantes comem e bebem, principalmente muita água. Aliás, a água é o principal alimento no mundo espiritual pois faz muito bem ao perispírito. Os espíritos informam que a água tem muito valor no mundo espiritual. É esse líquido, poderoso veículo de fluidos de qualquer natureza, usado também como medicação. O mesmo espírito acima informa sobre uma jovem que desencarnara brevemente. Indagada sobre a alimentação ele dizia que as coisas para ela não mudaram muito, até pioraram um pouco mais de quando estava encarnada. Ela estava numa pensão porque era pobre. A alimentação era muito ruim, pior que a da terra além de ser pouca. Diz ainda que comia as mesmas coisas como carne, batatas, pastéis, pudins. Por aí percebemos que não houve muitas mudanças para este espírito. Só com o tempo haverá as devidas mudanças.

O Espírito Monsenhor Robert Hugh Benson na obra "A vida nos mundos invisíveis" relata: "As frutas eram perfeitas na forma, ricas em cor, e pendiam em grandes cachos. Colheu algumas e ofereceu-nos, assegurando que nos fariam bem. Eram frescas ao tato e notavelmente pesadas para seu tamanho; o sabor, delicioso, a polpa, macia, sem ser difícil nem desagradável de tocar, e uma quantidade de suco semelhante ao néctar, escorria delas. Meus dois amigos observavam-me atentamente enquanto eu comia umas ameixas, ambos revelando uma expressão de jovial expectativa. Sendo abundante o suco eu temia que escorresse sobre minha roupa". Mais adiante ele afirma: "As frutas daquele pomar não eram apenas para os que necessitassem de algum tratamento após a morte física, mas estavam à disposição de quem quer que os desejasse comer pelo seu efeito estimulante." Deve-se entender que esta alimentação ainda um pouco grosseira é para os mundos que não estão tão evoluídos. Nas faixas superiores já não se usa mais isto e a alimentação que nutre o espírito é o AMOR.

O amor é a base de tudo. Ao lado do amor temos a caridade. O amor fraterno se torna uma necessidade nos espíritos superiores. Se pudéssemos encontrá-los, veríamos que eles estão sempre ajudando aos irmãos necessitados. Isto se torna praticamente o alimento deles. Este fato também já acontece entre irmãos que estão encarnados. Há muita gente que só se sente bem quando está praticando a caridade. É como se uma coisa lhe faltasse e ele adquire mais força para a luta. É incrível a força que adquire estes espíritos que possuem um corpo tão frágil. Exemplos temos alguns por aí: Chico Xavier, Irmã Dulce, Madre Teresa de Calcutá, Gandhi, Francisco de Assis, Frei Simão e tantos outros. É de se imaginar onde estas pessoas adquiriram tanta força em corpos tão frágeis. Ainda segundo André Luiz o principal alimento de "O nosso Lar" é a água. Diz ele que, "aqui, ela é empregada sobretudo como alimento e remédio" e continua: "na maioria das regiões da extensa colônia, o sistema de alimentação tem aí suas bases.

A obra "Colônia São Paulo" dá melhores explicações sobre a alimentação no mundo espiritual. Transcreveremos alguns dos trechos importantes desta obra com referência a esta alimentação. É o irmão Flávio que dá as explicações: "O ser quando está no corpo físico, cria hábitos alimentares e outros que dificilmente perdem quando chega do lado de cá. Sendo assim, os médicos aqui fazem uma avaliação das necessidades daquele ser recém-chegado e nos passam. Aí então preparamos alimentos similares, por exemplo: o arroz, a sopa, o suco, só que com propriedades que temos aqui, e nunca sendo real, como lá na Terra. Ao se alimentar ele pensa que está ingerindo aquelas coisas com que se alimentava quando encarnado. Mal sabe ele que aquelas substâncias ali contêm desintoxicantes, para que ele se possa beneficiar, vindo a perder o efeito da vida desregrada. (...) Todos os alimentos têm lá suas proteínas e vitaminas, e têm também enzimas. Essas enzimas, na medida de proporção menor, atingem o espírito de uma certa forma, mas não tão comprovada, porque são de menor quantidade.

Quando a proporção é grande, vejamos: o vício que o ser adquire é nada mais do que hábito, imprudência, que pode acarretar-lhe sérias conseqüências futuramente. A gula excessiva tende a fazer com que o ser se suicide, sem que ele saiba ou perceba. Ele antes intoxica o seu espírito com as enzimas negativas, vindo isto a prejudicar a saúde, por exemplo no caso das alergias. Veja bem, há remédios que adormecem a alergia, mas que não acabam com ela, porque ela foi a um nível tão alto no corpo, que atingiu o espírito, e, uma vez no espírito, não há remédio na Terra que cure, de ordem física, a não ser de cá. Nas zonas umbralinas a alimentação extraída é diferente. "O negativismo em que vivem faz com que segreguem deles ectoplasmas, que manipulados por eles servem-lhes de alimento. Mas não é tudo, porque uma hora o desfalecimento das capacidades fará com que eles não saibam onde buscar e encontrar o ectoplasma, havendo a necessidade da ajuda dos que lá trabalham para o bem Do livro "Colônia São Paulo".
 
Fonte: Clube do Livro Espírita Missionários da Luz

Síndrome do Pânico na Visão Espírita

Qual a explicação que o Espiritismo oferece para esse transtorno ?

Divaldo Franco: (...) O nome pânico vem do deus Pan, que na tradição grega apresenta-se com metade do corpo com forma humana e a outra com modulagem caprina. O deus Pan era guardador das montanhas da Arcádia e, quando alguém adentrava nos seus domínios, ele aparecia, produzindo no visitante o estado de pânico, palavra essa derivada do seu nome. Portanto, é um distúrbio muito antigo.

Invariavelmente a psicogênese do ponto de vista espírita encontra-se na consciência de culpa do paciente por atos perturbadores praticados na atual existência ou em existências pretéritas, o que proporciona um comportamento inseguro, desconfiado. Trata-se de alguém que busca esconder-se no corpo para fugir dos problemas que foram praticados anteriormente. Quando irrompe a síndrome do pânico, a sensação é terrível, porque é semelhante à da morte. É eminentemente um distúrbio feminino, embora atinja também, segundo os especialistas, o sexo masculino.

Segundo estou informado, faltando, naturalmente, confirmação científica, a síndrome do pânico nunca matou ninguém durante o surto, entretanto, aquela sensação horrorosa é praticamente igual à de morte.

Que fazer ?

Orar. Ter a certeza de que ela é de breve curso, procurar respirar profundamente, acalmar-se, vincular-se a Deus, rogar a proteção dos Espíritos nobres. Assim, lentamente, dá-se uma descarga de adrenalina, procedente das glândulas supra-renais, e o indivíduo refaz-se, passando aquele período mais doloroso, fazendo simultaneamente a terapêutica com um psiquiatra e, de acordo com a psicogênese, um psicólogo ou psicanalista. Nada obstante, eu sugeriria pessoalmente que a pessoa procurasse também as terapêuticas espíritas, quais as das boas palavras, das reuniões doutrinárias, do conhecimento de si mesmo, dos passes ou bioenergia, da água magnetizada e, por extensão, do socorro que os bons Espíritos propiciam através das reuniões mediúnicas de desobsessão, que dispensam a presença dos pacientes.

As Doenças na Visão Espírita

O Espiritismo tem uma grande contribuição a oferecer à Medicina e às escolas que lidam com a saúde humana.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. O Espiritismo, porém, amplia essa visão e ensina que saúde é o estado de completo bem-estar biopsicossocioespiritual, pois leva em consideração os fatores biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que influenciam o ser humano em sua passagem pela existência terrena.

Diferentemente da Medicina do Corpo, que ainda é exercida em larga escala nos dias de hoje, o Espiritismo descortina um novo modelo, o da Medicina da Alma.

No paradigma médico-espírita, o ser humano é um conjunto complexo, constituído de corpo físico, corpos sutis e alma; a prioridade, no entanto, na direção desse conjunto, é a da alma. Compete, pois, ao espírito imortal, a construção do seu destino terreno e, consequentemente, a da manutenção da sua própria saúde.

Segundo esses conceitos, o fato de uma pessoa não exteriorizar doença durante determinada fase da existência, pode não significar que ela esteja saudável. Assim, a criatura pode apresentar-se aparentemente saudável durante um período, mas já trazer no perispírito as marcas indeléveis da doença que eclodirá um pouco mais adiante, segundo a lei de ação e reação, que tem no tempo o principal fator desencadeante.

Segundo os princípios espíritas, a questão saúde-doença está profundamente vinculada à lei de causa e efeito, ao carma. André Luiz explica, no livro Ação e Reação, que carma designa “causa e efeito”, porque a toda ação corresponde uma reação. Quer dizer que está ligado a ações de vidas passadas. Assim, o carma seria uma espécie de “conta do destino criada por nós mesmos”, faz parte do sistema de contabilidade da Justiça Divina.

Segundo esse princípio, a criatura humana tem de dar conta de tudo que recebe da vida, de todos os empréstimos de Deus, patrimônios materiais, inteligência, tempo, afeições, títulos, e também do corpo físico, que lhe é concedido para o aperfeiçoamento espiritual. E será sempre assim, na roda viva da evolução espiritual em que deve se empenhar, tendo em vista a conquista de amor e sabedoria.

Aprendemos, com os Mentores Espirituais, que a percentagem quase total das enfermidades humanas tem origem no psiquismo. Assim, orgulho, vaidade, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da alma, que geram perturbações e doenças nos seus envoltórios, quer dizer, no corpo espiritual ou perispírito e no corpo físico.

Assim, no estudo de toda doença, é preciso levar o perispírito em consideração, mesmo porque a cura do corpo físico está diretamente subordinada à cura desse envoltório espiritual. Há exemplos importantes nos livros da coleção André Luiz que elucidam o nosso estudo. Vou citar apenas dois deles.

Vejamos o caso de Segismundo, em Missionários da Luz. Em vida passada, por causa de Raquel, ele tirou a vida física de Adelino com um tiro, que atingiu a vítima na altura do coração. Na vida atual, Segismundo renasceu como filho de Adelino e Raquel e trouxe, já na formação do seu corpo físico, o problema cardíaco que só se manifestará mais tarde, como doença do tônus elétrico do coração, após os 40 anos de idade.

As doenças, em geral, surgem relacionadas à idade em que as faltas foram cometidas.

Em outro livro, Ação e Reação, podemos acompanhar o caso de Adelino Silveira. No século XIX, Adelino era filho adotivo de um fazendeiro de grandes posses. Ambos eram muito unidos. Aos 42 anos, seu pai casou-se com uma jovem de 21 anos, a mesma idade de Adelino. Aconteceu, porém, que os dois jovens – Adelino e a madrasta – apaixonaram-se e ambos tramaram a morte do pai e marido. A pretexto de cuidar do pai enfermo, Adelino deu uma bebida forte ao dono da fazenda e depois ateou fogo ao seu corpo. Foi uma morte muito dolorosa. Depois de tudo consumado, Adelino casou-se, mas não conseguiu ser feliz, atormentado pelo remorso. No mundo espiritual, os padecimentos foram intensos e contínuos. Finalmente, arrependido, reencarnou no século XX como Adelino Silveira e, desde pequeno, teve seu corpo tomado por um eczema extenso, que o dominava quase por inteiro.

Como podemos observar, as ações praticadas vincam o nosso perispírito e se refletem no corpo físico que age como uma espécie de filtro das impurezas.

Assim, em matéria de saúde e doença, temos de levar em consideração as ações das vidas passadas e as da existência atual para que as nossas conclusões não sejam falhas ou incompletas.

Ao estudarmos esses casos, podemos constatar também o importante papel que a dor tem em nossas vidas. Segundo o benfeitor Clarêncio: Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.
 
Fonte: Marlene Nobre para o programa Portal de Luz

Proibido Cruzar Braços ou Pernas

Tem fundamento a proibição de se cruzar os braços ou pernas nos terreiros ?Isto pode ser uma superstição ?

Se tal prática fosse resultante de qualquer superstição ou rito de magia, então teríeis que também subestimar todos os movimentos que os médiuns executam com suas mãos durante os passes, o que fazem dentro da técnica da magnetoterapia para distribuírem equitativamente as forças vitalizantes do mundo oculto sobre os plexos nervosos dos enfermos.

Aliás, ainda são poucos os médiuns que possuem uma noção satisfatória das leis ocultas que disciplinam os pólos positivos e negativos das correntes eletromagnéticas ou eletrobiológicas, que circulam através dos seres vivos.

Os mais ignorantes confundem a técnica dos passes terapêuticos com as vassouradas que praticam de cima para baixo e de baixo para cima sobre os enfermos, quando então misturam os fluidos perniciosos com os eflúvios vitais benéficos.

Não sabem praticar a "descarga fluídica" antes dos passes; não conhecem as leis de dispersão, de fuga ou polarização dos fluidos perispirituais, e assim praticam toda sorte de equívocos e tolices quanto a técnica sadia na sua função de passistas, cujos resultados ainda são algo proveitosos devido à interferência continua das entidades experimentadas do "lado de cá".
Aqui, esses médiuns condensam fluidos revitalizantes sobre os órgãos congestos; ali, dispersam as forças vitalizantes das regiões anêmicas dos pacientes; acolá, efetuam passes longitudinais em zonas orgânicas que pedem apenas uma polarização fluídica.

No seu fanatismo cego, muitos médiuns repudiam os ensinamentos mais valiosos de um tratado esoterista ou de qualquer compêndio teosófico ou iogue, que lhes facultariam um conhecimento sensato e sábio ao manusearem as forças ocultas.

Através das oscilações dos pêndulos radiestésicos, poder-se-á comprovar facilmente que no corpo humano circulam as correntes eletromagnéticas de natureza positiva ou negativa, quer movendo-se em sentido longitudinal, transversal ou horizontal, assim como polarizam-se em torno dos sistemas e dos órgãos físicos. Embora essas forças ocultas escapem à aferição dos sentidos humanos comuns, elas podem ser identificados pelos médiuns treinados ou criaturas de psiquismo muito sensível e aguçado.

Eles interpenetram e vitalizam órgãos e sistemas de sustentação anatomofisiológica do homem, enquanto carreiam-lhe as impurezas fluídicas e processam as transfusões "etereoastrais" tão necessárias ao metabolismo perispiritual. Em conseqüência, desde que se cruzem as mãos ou pés durante os passes mediúnicos e magnéticos, obviamente fecha-se o circuito etereomagnético dos próprios fluidos em circulação, e que precisam retemperar-se na fonte terapêutica do mundo espiritual, retornando depois às mesmas zonas do corpo humano desvitalizado. Quando o circuito magnético é fechado termina em polarização, isto é, reflui a energia e cessa o seu contacto direto entre o paciente e o passista, assim como baixa o tom do magnetismo do perispírito.

Reduzindo-se a absorvência perispiritual do enfermo, devido à polarização dos fluidos em efusão, ele deixa de recepcionar as forças doadas pelos passistas, que não lhe penetram no metabolismo psicofísico e terminam por dissolver-se no meio ambiente.
Ramatís - Mediunidade de Cura (recebido no Boletim informativo do Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade/Porto Alegre - http://www.triangulodafraternidade.com/)

Intervenção Cirúrgica no Perispírito

Tratando-se de uma intervenção cirúrgica processada apenas no perispírito, os cirurgiões do "lado de cá" servem-se dos instrumentos operatórios do vosso setor utilizando a substância astralina do seu ambiente próprio, ou seja: - usam os moldes ou "duplos etéricos" das ferramentas adotadas pelos médicos terrenos.
É que todos os objetos ou seres possuem o seu molde ou "duplo astral", seja o ferro, o ouro, o estanho, a semente, o pinheiro, a roseira, o milho ou também, do reino animal, o tigre, a águia e o próprio homem. Em resumo: - No mundo astral onde vivemos, existem as "matrizes" ocultas ou espécie de "negativos originais" de tudo aquilo que se encontra materializado ante vossos olhos.
O mundo material em que viveis, conforme enunciou Einstein, é um conjunto de energias condensadas, ou seja, produto da energia invisível, que, pela sua degradação vibratória, baixou até à condição de substância compacta, por efeito de condensação. Assim, por exemplo, uma garrafa, embora seja um objeto material, constitui um "duplo" que é sustentado pela energia oculta do molde etérico que lhe dá a forma de garrafa. Em tais condições, a garrafa-matéria é a própria energia oculta pressionada pelo seu molde etereoastral, ou seja, por uma outra "garrafa invisível" aos vossos sentidos. Isto explica que a desintegração atômica é o processo em que a energia condensada na forma de matéria liberta-se e desaparece da focalização humana porque ela retoma ao seu mundo original e oculto.
Por conseguinte, como as ferramentas cirúrgicas são fabricadas com substância do reino mineral, elas também possuem a sua matriz astral gerada ou oriunda do referido setor.
Assim como o calor incidindo sobre o gelo, que é matéria sólida, transformado em água, depois em vapor e, ainda sob mais alta temperatura, pode levá-lo ao estado de radiação invisível, esse mesmo processo, em sentido contrário, fará retomar o fluido irradiante até à sua precedente forma compacta de gelo. Fenômeno semelhante também ocorre no plano espiritual, embora noutro estado vibratório, quando os espíritos materializam e desmaterializam a mesma energia, isto é, aquela que, ao condensar-se, compõe a matéria afetável ou tangível aos sentidos físicos; e quando, em liberdade, é o elemento da vida no mundo sutil das forças ocultas.
Agora vamos responder à vossa pergunta a respeito das operações feitas só no perispírito: - Admitamos, por exemplo, o caso de uma criatura com estenose duodenal, isto é, com estreitamente da porção do duodeno à saída do estômago, anomalia que a clínica terrena solucionaria pela extirpação dessa parte enfermiça, mediante a operação conhecida por gastrectomia. Neste caso, os espíritos operadores desmaterializam as ferramentas dos médicos terrenos e então, manuseando as matrizes etéricas das mesmas, seccionam a parte duodenal do corpo-perispírito, que se apresenta afetada. Em seguida, ajustam e recompõem os extremos seccionados. Porém, de imediato, o paciente não obterá alívio nem melhoras sensíveis porque a intervenção no molde ou matriz perispiritual somente, pouco a pouco, é que ela vai corrigindo a deformação do duodeno carnal, pois os seus átomos e moléculas físicas vão-se aglutinando lentamente sob o comando da referida matriz etérica, até a vitalização integral do órgão doente.
Sendo o corpo físico a materialização ou o "duplo" do perispírito, todas e quaisquer reações processadas neles têm efeitos recíprocos. E esta ligação ou interdependência é que justifica os sofrimentos cruciantes do espírito dos que se suicidam, pois, embora já não estejam ligados ao corpo de carne, eles continuam a sentir as mesmas dores provocadas pelo veneno ou pela bala que lhes extinguiu a vida física.
 
 
Ramatís - Mediunidade de Cura (Boletim Informativo e Blog – Triângulo da Fraternidade/Porto Alegre)