quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Catástrofes e Desencarnes em Massa

Catástrofes e Desencarnes em Massa – A Visão Espiritualista
  Vez por outra, a Humanidade, em determinadas regiões do Planeta, chora a dor da destruição de cidades e a perda dos entes queridos. 
   Catástrofes naturais ou acidentais vitimam milhares de pessoas e as imagens televisivas, virtuais ou impressas nos mostram as tintas do drama de nossos irmãos, enquanto a população recolhe seus mortos, implorando por auxílio para o socorro aos sobreviventes e a futura reconstrução de casas, prédios, espaços e repartições públicas. 
  A solidariedade fraternal do mundo fica explícita nas ações de grupos estatais e não-governamentais, que remetem remédios e equipamentos clínicos, bem como alimentos, água potável, roupas e cobertores, em paralelo aos inúmeros voluntários das cruzadas de saúde e defesa civil que atendem às vítimas, no digno exemplo daqueles que se importam com o semelhante e fazem o possível para minorar a dor alheia. 
  A filosofia espírita apresenta-nos a destruição como uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, importando no aniquilamento da vida material, a interrupção da atual experiência.      
   Há, segundo a cátedra espírita, as desencarnações naturais, as provocadas e as violentas. 
  As naturais decorrem do esgotamento dos órgãos e representam o encerramento programado das existências corporais, segundo a lei de causa e efeito e o planejamento encarnatório do ser. 
  As provocadas resultam da ação humana no espectro da criminalidade e da agressividade (assassínio, atentados, guerras). As violentas encampam a ocorrência de catástrofes naturais (enchentes, terremotos, maremotos, ciclones, erupções, desmoronamentos, acidentes aéreos, automobilísticos, ferro ou aquaviários, entre outros), sem desconsiderar que a ação ou omissão humana, em face da ganância, da prepotência e da corrupção, pode estar entre as causas que geram tais efeitos danosos. 
   É por isso que em muitas dessas situações, o nexo causal entre a catástrofe e a ação humana acha-se presente. Movido por interesses mesquinhos e sem a adequada compreensão do conjunto (leia-se a contemporânea preocupação com os ecossistemas, a preservação do meio ambiente), os homens alteram a composição geológica, com escavações, desmatamentos, aterros e outros mais, e sua imprevidência acaba gerando as ocorrências das mencionadas catástrofes  naturais. Também podemos mencionar aqui a situação daqueles que, migrando de suas cidades para os grandes centros, habitam os morros, nas periferias das metrópoles, e, sem a mínima infra-estrutura, ficam à mercê das primeiras enxurradas, que levam seus barracos, que fazem desmoronar enormes pedras, vitimando, não-raro, diversas pessoas. Há, aí, um misto entre o evento natural e a ação humana, como causa direta do evento fatal. 
  Nos casos em que subsistem várias vítimas, seja em pequena, média ou grave dimensão, entende-se que as faltas coletivamente cometidas pelas pessoas (que retornam à vida material) são expiadas solidariamente, em razão dos vínculos espirituais entre elas existentes. Todavia, necessário se torna qualificar a condição daqueles que, por comportamentos na atual existência, possam sublimar as provas, alterando para melhor o planejamento vital, garantindo a ampliação de sua permanência no orbe, redefinindo aspectos relativos à reparação de faltas e à construção e realização de novas oportunidades. 
   Eis um caminho para explicar, por exemplo e, ainda que não definitivamente, a existência de sobreviventes. A compreensão espírita, calcada no sério estudo e na relação direta entre os fundamentos filosóficos espíritas e o cotidiano do ser, na análise de tudo o que lhe rodeia, permite, assim, a desconsideração do termo fatalidade como sendo algo relativo à desgraça, ao destino imutável dos seres, pois o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir. 
   Então, a palavra destino também ganha um redesenho, para representar, tão-somente, o mapa de probabilidades e ocorrências da existência corporal, resultantes, em regra, das escolhas e adequações realizadas anteriormente à nova vida, somadas às atitudes e aos condicionantes do contexto atual, onde, com base no seu discernimento e liberdade, continuará o rol de decisões que levarão o ser aos caminhos diretamente proporcionais àquelas, colocando-o, sempre, na condição de primeiro e principal responsável por tudo o que lhe ocorra.
  É verdadeiramente por isto que cognominamos o Espiritismo como a Doutrina da Responsabilidade, porque se nos permite a análise criteriosa de nossa relação direta com fatos e acontecimentos da vida (material e espiritual). 
    Ante  eventos como as enchentes em Santa Catarina, da Região Serrana no Rio de Janeiro, do Tsunami no Haiti e agora o grande terremoto no Japão e a grande Tsunami que devastou muita coisa, além da possível ajuda material que possamos, daqui de longe, efetivar, que nossas vibrações e preces possam alcançar os espíritos socorristas, que encaminham as vítimas desencarnadas ou seus familiares, as primeiras ao necessário e conseqüente despertar no Novo  Mundo, e as últimas ao esforço para reconstruírem suas vidas. 
    E que todos eles, despertos e recuperados das mazelas físico-espirituais, possam compreender, novamente, que o curso da evolução espiritual continua. Para eles e para nós, que aqui estagiamos. 
Cláudia Rinvenuto

Confundir por não Conhecer

  Pelo tamanho da Terra, habitada por bilhões de homens que não se conhecem,  e muitos dos quais trazendo karmas interativos uns com os outros, desde encarnações passadas, não é difícil perceber os problemas morais e espirituais que se abatem sobre o Planeta. 
  Não é preciso buscar exemplos complexos. Basta reunir algumas pessoas para determinada atividade profissional, ou mesmo religiosa, e logo se verificam as intrigas, maledicências e ironias.   
  Os homens precisam viver em sociedade, porém têm grande dificuldade de fazê-lo. Isso ocorre porque existe na cabeça das pessoas enorme confusão entre respeito e fragilidade, entre amor e sexualidade, entre força e violência, entre honestidade e ingenuidade, entre paciência e inoperância. 
  Os homens não se respeitam porque não se entendem, e não se entendem porque não conhecem a si mesmos. Porque, se conhecessem suas necessidades espirituais, estariam com o compromisso de atendê-las com boa vontade e auto-estima, o que lhes possibilitaria também melhor compreender o próximo.   
  As reformas moral e espiritual, que cada homem aporta em seu próprio ser, são, assim, as chaves da vida em sociedade. Pois, ao curar seus males do espírito, o homem se torna mais tranqüilo e afetuoso. E, se todos agirem dessa forma, estarão criando as bases de uma real convivência pacífica, mesmo em um planeta habitado por bilhões. 

Mensagem psicografada por Hur-Than de Shidha, publicada no livro "O AMPARO DO ALTO", Ed. do Conhecimento.

Para Reflexão