O cotidiano na Terra exige dos homens um mínimo de equilíbrio para manter o convívio social. Não somente para serem bem aceitos uns pelos outros através dos códigos de ética, como também pelo receio natural de desconhecerem as reações alheias.Isso faz com que os homens escondam sobremaneira suas imperfeições, bem como limitem e abrandem seus perfis de comportamento. Quando, entretanto, participam de atividades religiosas, embora devam continuar existindo os mesmos códigos de conduta que regulam a vida social, é dada maior importância ao conhecimento e desempenho da prática religiosa. Estes passam a ser, então, os principais balizadores do comportamento individual de muitos homens, no momento que estão trabalhando na instituição. A medida que vão sentindo-se confiantes com o seu desempenho, sendo vistos como figuras importantes dentro da instituição que freqüentam, alguns passam a se descuidar dos demais códigos de ética, necessários a uma vida social equilibrada. Em outras palavras, se conhecem bem os preceitos religiosos e os caminhos da evangelização, bem como as práticas místicas adequadas, acabam se descuidando um pouco de outras exigências sociais, aparentemente não tão importantes para o exercício religioso. É assim que agem muitos, até mesmo inconscientemente. Isso provoca então o afloramento de muitas imperfeições que estavam escondidas. E surgem a luta pelo poder, intrigas, críticas desnecessárias, vaidades, inveja e várias outras negatividades que se intensificam naquele ambiente religioso. Do mesmo modo que a reação dos demais é intensificada, para fazer frente às imperfeições dos que iniciaram o processo. E, assim, ocorre dentro da instituição, o que evitam fazer fora dela. O exercício da atividade religiosa, desse modo, deve ser baseado nos mesmos princípios éticos que regem a sociabilidade da vida profana. Acrescidos da sabedoria de que o conhecimento adquirido deve ser utilizado para o próprio desenvolvimento espiritual, bem como para o exercício da humildade, e não para bravatas e manifestações de superioridade.
Pois essas são as exigências mínimas para que uma instituição religiosa faça jus a seu nome. E não se torne um teatro, onde as vaidades lhe tirem a característica de lugar sagrado.
Mensagem psicografada por Hur-Than de Shidha, publicada no livro "O AMPARO DO ALTO", Editora do Conhecimento.
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Diplomatas de Deus
Instituições que promovem e praticam a religiosidade são
embaixadas de Deus na Terra. Sua função é a de mostrar aos
homens os caminhos que levam ao Altíssimo, os quais devem ser iluminados o suficiente para que
possam alcançá-Lo. O que se vê, entretanto, é que os homens plantam, nessas
instituições, os mesmos problemas que são observados nas atividades profanas do
cotidiano terrestre. As disputas pelo poder, as manifestações de vaidade, a
inveja e os interesses materiais vingam com a mesma intensidade com que
ocorrem em outros lugares. Esse território, então, que deveria ser sagrado,
torna-se maculado pelas imperfeições dos
homens, que deixam de lado a polidez religiosa. Para eles, Deus pode esperar,
até que resolvam suas respectivas
pendências contaminadas pela vaidade. Esquecem, assim, que estão
renegando a plano secundário o objetivo máximo da religião, e da própria vida,
que é a busca por Deus. E esse objetivo não
pode esperar, pois ele é prioritário.
Por outro lado, esquecem também que sendo uma embaixada de Deus, a
instituição é ainda um local destinado a
serem permeados bons exemplos, exigindo retidão moral e responsabilidade
daqueles que dela participam. A não observância dessas premissas resulta na
desmoralização, acompanhada pelo ceticismo e decepção dos que freqüentam o local. E a pretensa embaixada de Deus
passa a transmitir uma imagem que em nada se coaduna com seus propósitos, tornando a imagem dos homens,
desequilibrados, sobreposta a Deus. Mas, será essa a verdadeira
representação que pode ser interlocutora das manifestações divinas? Que tipo de
embaixada defende mais seus próprios interesses do que os direitos do país que representa? Caberia manter
funcionando uma embaixada cuja atuação compromete a imagem que deveria
difundir como atraente e agradável? Casos assim tornam a embaixada apenas
rotulada com esse nome, porém abrigando a incoerência dos desacordos. E, sendo
uma instituição religiosa, atrai para seu campo vibratório as mais desaconselháveis energias, que serão a ruína
local. O importante é a freqüente conscientização de cada participante da
instituição de que ele é potencialmente um diplomata de Deus, com a necessidade
de toda a elegância e versatilidade moral que o cargo exige. Caso contrário, a
exemplo de Jesus expulsando os mercadores do templo, esses pseudo-diplomatas
também serão expulsos da embaixada de Deus. Com o agravante de que poderão ser
expulsos não por mãos caridosas como as do Cristo,
mas por mãos insensíveis em conflito, que acabam por colocar em risco a
existência do próprio templo.
Livro O Amparo do Alto, Ed. Do Conhecimento,
Espíritos Diversos, Médium Hur-Than de Shidha
Assinar:
Postagens (Atom)