Assim são eles atraídos para o
estudo e vivência dos postulados espiríticos da vida imortal, evidenciando
neste caso, que a saúde física ainda é menos importante do que a modificação
espiritual dos beneficiados pelo espiritismo.
O enfermo que depois de
perder a sua fé e confiança nos recursos médicos do mundo, alcança a sua cura
ou a de seus familiares por intermédio da terapêutica espírita, jamais poderá
esquecer essa doutrina espiritualista que lhes proporcionou benefícios tão
extraordinários e ainda gratuitos.
Os pacientes mais
sensíveis e gratos, depois de curados, pela terapêutica espírita, procuram
recuperar o tempo que perderam com as futilidades do mundo transitório,
devotando-se com entusiasmo aos empreendimentos caritativos e ajudando a
recuperação física e espiritual de outros enfermos.
Entretanto, os mais
ingratos, costumam associar certas coincidências fortuitas para justificar a
sua cura, atribuindo o sucesso médico a fatores estranhos. Se o beneficiado
pertence a algum grupo religioso, quase sempre exprime a gratidão de sua saúde
ao seu santo predileto.
Sabemos, que nem o
próprio Jesus pode curar todos os homens, pois enquanto alguns ainda não
possuíam a “fé que remove montanhas”, outros não estavam em condições de
livrarem-se dos seus sofrimentos e mazelas físicas determinadas pela Lei do
Carma.
As doenças originadas
pela indisciplina mental ou emoções descontroladas, produzem toxinas psíquicas
que aderem a contextura do perispírito. Com o passar do tempo elas
necessitam fluir para o corpo físico, que se transforma em mata-borrão vivo,
com a função de absorver o veneno produzido pelo espírito invigilante.
Finalmente quando do desencarne e, o corpo é levado ao cemitério, serve
de “fio terra” encarregado de esgotar ou transferir para o solo a carga
deletéria vertida pelo perispírito.
Assim, nem todos
os tratamentos espirituais produzem o efeito desejado, pois enquanto em certos
casos as dificuldades do ambiente terráqueo impedem o êxito terapêutico, doutra
feita o estado do enfermo não deve ser alterado, porque se trata de uma
“descarga mórbida” do perispírito para o corpo de carne, isto é, um processo
benéfico ao espírito.
Os espíritos
protetores não tem por função específica afastar os seus pupilos da dor que os
redime e os impede de se comprometerem com novos delitos espirituais, mas acima
de tudo o seu dever é acordá-los para a realidade da vida imortal. Nem todos os
homens podem ser curados pela terapêutica espírita, pois a saúde do corpo
físico é menos importante do que o equilíbrio espiritual da alma eterna.
A verdadeira
saúde provem do culto incondicional do espírito aos ensinamentos evangélicos e
as virtudes propagadas há milênios pelos lideres espirituais da Terra, quando
de sua peregrinação messiânica entre todos os povos.
No
entanto, a enfermidade alimenta-se no combustível inferior gerado pelos
descontroles e pelas paixões nefastas. É por isso que o Evangelho de Jesus
ainda é o mais avançado “Tratado Médico” da alma, pois ao recomendar a bondade,
o amor, a tolerância, a paciência, a resignação e a humildade, atende às
próprias necessidades de fisiologia humana em favor da saúde corporal.
O conceito de
“alma sã em corpo são” há milênios adotado pelos gregos, já era uma advertência
profunda de que a saúde física depende fundamentalmente da saúde espiritual.
É o que
nem todos os doentes do corpo ou da alma, em busca da cura, concordam em
aceitar, pois quando os espíritos lhes dão conselhos e os advertem sem as
minúcias de suas doenças ou sem medicamentos eles deixam de crer na mensagem ou
na terapêutica espírita e desmerecem o atendimento que receberam.
Texto baseado em MEDIUNIDADE DE CURA. (recebido no Boletim informativo
do Grupo de Umbanda Triângulo da Fraternidade/Porto Alegre )