quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Mundo Continua Dando Voltas !

O mundo continua dando suas voltas, fazendo com que o tempo se escoe por entre nossas tão valorizadas e frágeis opções de vida encarnatória. O tempo, na vida daquele que busca a sabedoria do espírito, convida ao constante reinício das atividades mentais, emocionais e físicas na conquista do bem mais precioso, que é a Liberdade Espiritual.

Essa liberdade tão ansiada, mesmo por aqueles que se dizem livres, mas não conseguem controlar seus temperamentos irascíveis, suas paixões descontroladas, às vezes um pequeno vício, isso sem falar nas ilusões do mundo buscadas como tábua de salvação e, normalmente, esfaceladas pela suposta realidade da vida terrena, que é ilusória.

A liberdade a que somos convidados a buscar é a liberdade em relação ao nosso "eu" pequeno e mesquinho, iludido e sofredor.

Infelizmente a maioria de nós, apesar da mensagem do tempo que se escoa, o qual, como um dedo aponta para a nossa realidade eterna de águias, ficamos parados nesse mesmo tempo, ciscando a poeira e a lama da terra, em busca de míseras e passageiras minhocas.

O tempo é o grande sábio que nos aponta a direção correta para o encontro conosco, com nossos irmãos e, principalmente, com Deus, fonte de paz e alegria.

"O sábio aponta a direção, os tolos ficam a olhar o dedo".

A Umbanda, como mãe a ensinar e a encaminhar seus filhos para a evolução e engrandecimento espirituais, nos ajuda a caminhar por essa estrada, apontada pelo tempo que se escoa, nos conduzindo á vivência da Humildade, Sabedoria e Pureza de Coração, na luz vibrada da FÉ, da RENOVAÇÃO, da LEI, do CONHECIMENTO, da JUSTIÇA, do AMOR e da EVOLUÇÃO, onde os nossos queridos Orixás nos aguardam, com seu carinho e amor de pais e mães, para nos garantir a PAZ e a ALEGRIA em nosso caminhar.

Nesse sentido a Umbanda é uma religião para nós, pois nos religa com Deus, nosso Pai, e com nossos irmãos de caminhada sob a perspectiva da pura fraternidade.

Se vivida como apenas uma  “obrigação”, da qual não sinto prazer e alegria, não podemos dizer que o sacerdócio, o mediunismo umbandista seja um trabalho religioso, mas apenas uma encenação a mais na nossa conturbada vida.

Do mesmo jeito que um Católico, ou Padre Católico, ama sua religião, sua Igreja e seus rituais; os protestantes, com seus Pastores, amam seus Templos, têm carinho e amor aos seus Cultos; os Judeus, com seus Rabinos, amam e se deliciam nas sua Sinagogas em cultuar ao Deus Único; os Mulçumanos, nas suas Mesquitas, adorando com prazer e alegria a Alá, o Umbandista que não ama seu Templo, suas atividades sacerdotais/mediúnicas, se for o caso, não sinta saudade da sua Casa de Oração, ou mesmo a frequência alegre às suas Giras, não pode dizer que é Espírita Umbandista, pois a Umbanda não entrou em sua vida como uma religião, mas apenas como uma encenação ou instrumento feiticista para preencher carências e necessidades mesquinhas temporais, sejam elas emocionais ou materiais.

Acredito que, para nós, que nos dizemos umbandistas, o tempo sempre nos oferece a oportunidade de refazermos nossa profissão de fé nessa religião tão bela e rica, ou mesmo, se for o caso,  de nos conscientizarmos não ser esse o caminho religioso que me favorece o crescimento e o encontro com Deus.

De uma forma ou de outra aproveitemos e escutemos a lição do tempo, e busquemos avidamente viver o nosso hoje, mas na perspectiva do amanhã, pois o nosso dia a dia só tem significado se for uma conquista do amanhã, pois "a alma constrói o próprio destino: degrau a degrau" (Leon Denis).

Pai Valdo (Sacerdote Dirigente do T. E. do Cruzeiro da Luz)

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