Livro O Amparo do Alto, Ed. Do Conhecimento,
Espíritos Diversos, Médium Hur-Than de Shidha
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
Diplomatas de Deus
Instituições que promovem e praticam a religiosidade são
embaixadas de Deus na Terra. Sua função é a de mostrar aos
homens os caminhos que levam ao Altíssimo, os quais devem ser iluminados o suficiente para que
possam alcançá-Lo. O que se vê, entretanto, é que os homens plantam, nessas
instituições, os mesmos problemas que são observados nas atividades profanas do
cotidiano terrestre. As disputas pelo poder, as manifestações de vaidade, a
inveja e os interesses materiais vingam com a mesma intensidade com que
ocorrem em outros lugares. Esse território, então, que deveria ser sagrado,
torna-se maculado pelas imperfeições dos
homens, que deixam de lado a polidez religiosa. Para eles, Deus pode esperar,
até que resolvam suas respectivas
pendências contaminadas pela vaidade. Esquecem, assim, que estão
renegando a plano secundário o objetivo máximo da religião, e da própria vida,
que é a busca por Deus. E esse objetivo não
pode esperar, pois ele é prioritário.
Por outro lado, esquecem também que sendo uma embaixada de Deus, a
instituição é ainda um local destinado a
serem permeados bons exemplos, exigindo retidão moral e responsabilidade
daqueles que dela participam. A não observância dessas premissas resulta na
desmoralização, acompanhada pelo ceticismo e decepção dos que freqüentam o local. E a pretensa embaixada de Deus
passa a transmitir uma imagem que em nada se coaduna com seus propósitos, tornando a imagem dos homens,
desequilibrados, sobreposta a Deus. Mas, será essa a verdadeira
representação que pode ser interlocutora das manifestações divinas? Que tipo de
embaixada defende mais seus próprios interesses do que os direitos do país que representa? Caberia manter
funcionando uma embaixada cuja atuação compromete a imagem que deveria
difundir como atraente e agradável? Casos assim tornam a embaixada apenas
rotulada com esse nome, porém abrigando a incoerência dos desacordos. E, sendo
uma instituição religiosa, atrai para seu campo vibratório as mais desaconselháveis energias, que serão a ruína
local. O importante é a freqüente conscientização de cada participante da
instituição de que ele é potencialmente um diplomata de Deus, com a necessidade
de toda a elegância e versatilidade moral que o cargo exige. Caso contrário, a
exemplo de Jesus expulsando os mercadores do templo, esses pseudo-diplomatas
também serão expulsos da embaixada de Deus. Com o agravante de que poderão ser
expulsos não por mãos caridosas como as do Cristo,
mas por mãos insensíveis em conflito, que acabam por colocar em risco a
existência do próprio templo.
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