terça-feira, 4 de setembro de 2012

Entendendo o livre-arbítrio

Sendo a perfeição absoluta, eterna e imutável, Deus é a referência maior que existe no niverso. Ele se constitui na meta a ser alcançada pelos seres inteligentes, mesmo saben­do-se que se trata de uma força inatingível. Deus será sem­pre o balizador das ações praticadas, o modelo passivo das atitudes.

Muitos perguntarão por que classificar Deus de referên­cia passiva, sendo Ele o Criador do Universo. Condição que O classifica, implicitamente, como sendo a expressão máxima da atividade e da iniciativa construtora.

Devido ao livre-arbítrio concedido a seus filhos, Ele nunca poderia determinar a opção deles. Caso contrário, não seria livre-arbítrio. Por essa razão, possibilita o livre-arbítrio e se coloca como referência passiva, dando a todos a chan­ce da escolha.

Caso a opção de alguém seja se afastar do caminho que leva a Deus, ou não aceita-Lo como referencial, estará auto­maticamente optando pelos caminhos da imperfeição, sendo um direito que lhe assiste. Mas que também o conduzirá às conseqüências da imperfeição, que como se sabe, não são nada agradáveis.

Deus poderia muito bem criar os seres que habitam o Universo, dar-lhes o livre-arbítrio e não deixar qualquer referência sobre Ele mesmo, tornando-se uma abstração completa, que não permitiria qualquer alusão à sua existên­cia. Entretanto, se isso acontecesse, o caos dominaria o Universo, com cada um impondo as próprias regras, haven­do disputas cruéis, que não resultariam em qualquer solu­ção de equilíbrio e de convivência pacífica. Existiria um número incalculável de paradigmas e de referências confli­tantes, ao gosto de cada um, impossibilitando a noção pre­cisa de ordem, ou em outro sentido, de Cosmo.

Seria o mesmo que projetar para o restante do Universo as relações humanas imperfeitas que existem na Terra. Não haveria planos em evolução, mas o mesmo nível de desordem, tornando os homens cada vez mais imperfeitos, nunca saindo dessa condição, por não conhecerem a perfeição referencial.

Dessa forma, se apresentando como Ele é, em sua pleni­tude universal, Deus gera a ordem, a unificação dos paradig­mas. Autoriza seus filhos a alcança-Lo como lhes convém, e até despreza-Lo. Dando ao livre-arbítrio um caráter de liberdade, mas também de direcionamento: em direção Dele, ou afastando-se Dele.

Caso seja na direção Dele, nunca o alcançarão, para que as identidades e individualidades sejam mantidas. E se forem no sentido contrário, estarão optando pelas imperfei­ções, que mais do que nunca destroem as individualidades,pelas submissões e imposições recíprocas entre irmãos.

Assim, Deus concede o livre- arbítrio e se coloca como referencial passivo nos caminhos da vida. Tornando-se, desse modo, o âmago da liberdade de cada um.

Livro O Amparo do Alto, um Espírito Amigo, psicografia Hur-Than de Shidha, Ed. co Conhecimento

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.